Quinta, 02 Mai 2024

Agentes de Controle de Endemias demitidos pela prefeitura de Vila Velha tentam reintegração

Os agentes de controle de endemias (ACE) demitidos pela prefeitura de Vila Velha tiveram, nesta quarta-feira (30), uma audiência 12º Vara do Trabalho para tratar da reintegração aos cargos. Em novembro de 2015 a prefeitura demitiu 37 ACEs e 32 deles entraram com ação para a reintegração.



O Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (Sindsaúde-ES), que representa os trabalhadores, alegou que as demissões ocorreram logo após os protestos pela implementação do piso salarial nacional da categoria no município, por isso, seriam retaliação.



Já o representante do município disse que as demissões se deram por dificuldades orçamentárias decorrentes da falta de repasse da verba federal. O advogado do Sindsaúde, Alexandre Zamprogno, no entanto, contestou as alegações, apontando que a prefeitura deveria ter acionado a União e não demitido os trabalhadores.



Depois das alegações, o juiz Fabrício Boschetti Zocolotti deu prazo de cinco dias para o sindicato apresentar a réplica à argumentação da prefeitura e o município também terá prazo de cinco dias para preparar a defesa.



Dengue



As demissões dos agentes ocorreram justamente no momento em que o Estado passa por uma epidemia de dengue. Em vez de contar com os trabalhadores que conheciam os pontos críticos do município, a prefeitura pediu ajuda ao Exército para o combate ao vetor de transmissão das doenças.



Para cumprir com o que preconiza o Ministério da Saúde, o município deveria contar com 350 ACE. Na época das demissões, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que, após as 37 demissões, o município teria 120 ACE. A Semsa alegou que o Ministério da Saúde só repassa verba para pagamento do piso nacional de 120 agentes.



Na ocasião, o sindicato apontou que é responsabilidade da prefeitura destinar recursos para pagar os ACE. A gestão municipal poderia ainda solicitar auxílio do governo do Estado e do próprio Ministério da Saúde, uma vez que o número de ACE já era insuficiente.

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