Sexta, 03 Mai 2024

Levantamento do Ministério da Saúde indica municípios em situação de risco para dengue

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (24) o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) que apontou que existem 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. O levantamento também identificou 665 municípios em alerta, dentre eles, seis no Estado.



Segundo o LIRAa, estão em alerta para surto das doenças os municípios de Aracuz e Mucirici, no norte do Estado; Colatina, no noroeste; Cachoeiro de Itapemirim, no sul; Cariacica e Guarapari. São considerados municípios em alerta aqueles com 1% a 3,9% dos imóveis com focos do mosquito.



Já a situação de risco de surto ocorre quando mais de 4% das casas visitadas apresentam larvas do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão das doenças. Os dados do novo LIRAa foram divulgados pelos ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta terça-feira (24), em Brasília. Além do levantamento, também foram divulgados a campanha de combate ao mosquito, o balanço da dengue e chikungunya, além da investigação dos casos de microcefalia.



Durante a apresentação, o ministro destacou que a principal preocupação, neste momento, é informar a população, com esclarecimentos sobre como prevenir novos casos. "Nós temos uma situação potencializada, com um problema de grande dimensão. Para enfrentar esta situação, precisamos de uma ação conjunta do governo federal, estadual e municipal, além de especialistas. A sociedade também deve estar envolvida neste processo, ficando atenta às medidas para combater o Aedes aegypti, que agora, passa a ser é uma ameaça ainda maior", destacou o minstro.



Marcelo Castro informou que o Ministério da Saúde acompanha as novas iniciativas de combate à dengue e ao mosquito Aedes aegypti que estão sendo desenvolvidas no país. Citou, como exemplo, o uso de mosquito transgênico, que é infectado com bactéria, além das vacinas contra a dengue. “São iniciativas novas que devem ser estudas antes de ser disponibilizadas à população. No momento, devemos atacar, de maneira efetiva, o mosquito da dengue. Não podemos perder o foco. Essa é uma luta que sozinhos não seremos vitoriosos, portanto precisamos da participação de toda a sociedade brasileira”, reforçou o ministro.



Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participantes, aumento de 22,4% se comparado ao número de municípios em 2014. A pesquisa é um instrumento fundamental para o controle do Aedes aegypti. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.



Balanço



O Ministério da Saúde registrou, até 14 de novembro, 1,5 milhão casos prováveis de dengue no País. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos. Nesse período, a região Sudeste apresentou 63,6% do total de casos (975.505), seguida das regiões Nordeste (278.945 casos), Centro-Oeste (198.555 casos), Sul (51.784 casos) e Norte (30.143 casos).



O estado de Goiás registrou a maior incidência de dengue, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil habitantes, e Pernambuco, com incidência de 901 casos por 100 mil habitantes. Até a semana epidemiológica 45, o número de óbitos aumentou 79%, passando de 453 mortes, em 2014, para 811, em 2015.



No Brasil, também foram registrados em 2015, até 14 de novembro, 17.146 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 6.726 confirmados. Outros 8.929 estão em investigação. Em 2014, foram notificados 3.657 casos suspeitos da doença. Em relação ao zika, até esta terça-feira (24), 18 estados tiveram confirmação laboratorial do vírus, inclusive três no Espírito Santo.

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