Manifestação bloqueou a Rodovia Serafim Derenzi, devido à situação da Unidade de Saúde da Família do bairro de Vitória
“A comunidade de Resistência tem aproximadamente 8 mil moradores e está há praticamente um mês sem nenhum médico geral e faltando também profissional de farmácia. A pediatra deve sair em breve e corremos o risco de ficar sem também”, reclama Gilmar Lima, morador do bairro e integrante do Resistência em Foco, que há dias havia protocolado pedido sobre a situação nos canais de atendimentos da prefeitura.
“Não é cabível nem admissível que, principalmente em pleno período de pandemia, uma unidade de saúde básica esteja sem médico e há tanto tempo”, disse nota do coletivo. “A população não pode ficar à mercê da sorte. Isso não é um favor, é direito de todos os moradores”.
Uma das manifestantes presentes no ato era Pandora da Luz. “Na última semana tive sintomas que poderiam ser de Covid-19, fui no posto e não tinha médico, me indicaram para ir ao posto de São Pedro”, reclama a moradora. “A população se organizou porque não aguenta mais o sucateamento, não só no posto de saúde mas também no CRAS [Centro de Referência em Assistência Social]. A prefeitura está sucateando a favela”, disse.
Depois de horas de manifestação, gestores da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) se reuniram com os manifestantes e disponibilizaram duas médicas para atuarem na parte da tarde de terça-feira. A partir desta quarta-feira (26) até o dia 1 de junho, a prefeitura se comprometeu a deixar outro médico no posto até que sejam efetivados outros dois médicos.
Nesta quarta, os moradores se reunirão em frente à USF novamente para avaliar se as promessas foram cumpridas. Além da pauta urgente da ausência de médicos, os manifestantes também reivindicam outros tipos de atendimento no posto e melhorias em sua estrutura.
Contatada pela reportagem, a Semus não respondeu até o prazo solicitado.