Segunda, 29 Abril 2024

Servidores param os principais hospitais do Estado

Servidores param os principais hospitais do Estado


 
A paralisação dos servidores da saúde, segundo o sindicato da categoria, atingiu os principais hospitais da rede estadual. Segundo Geisa Pinheiro, da diretoria do Sindsaúde, os principais hospitais do Estado funcionaram parcialmente. Foram garantidos 30% dos servidores para manter os atendimentos de urgência e emergência à população.
 
Os servidores aderiram maciçamente a paralisação. No balanço do Sindsaúde, mais de 70% dos servidores aderiram à paralisação, que afetou o atendimento nos hospitais São Lucas (no HPM, em Vitória), Infantil de Vitória, Himaba (Infantil de Vila Velha), Antônio Bezerra de Farias (Vila Velha), Dório Silva (Serra), Geral de Linhares (HGL), Estadual de São José do Calçado, Jones dos Santos Neves (Baixo Guandu), Roberto Silvares (Colatina), e Santa Rita de Cássia (Barra de São Francisco), além do CRE de Cachoeiro de Itapemirim, Crefes (Vila Velha), e CRE Metropolitano (Cariacica).
 
Serviços que dependem de profissionais como técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos de laboratório, e técnicos de imobilização ortopédica, entre outros, foram reduzidos, afetando consultas ambulatoriais, exames e procedimentos como retirada de gesso, remoção de pontos, e aplicações de injeções, entre outros.
 
Segundo o Sindsaúde, os servidores que participam do protesto estão explicaram à população os motivos da paralisação. Na avaliação de Geisa, os usuários enfrentam transtornos com a paralisação, mas demonstraram apoio ao movimento. 
 
 
“Já explicamos que a nossa intenção não é prejudicar a população, mas a paralisação é o recurso que nós temos para chamar a atenção do governo”, disse Geisa. Ela esclarece que a luta dos servidores da saúde não é só pela reposição das perdas salariais, mas também em função das péssimas condições de trabalho, que comprometem a qualidade do serviço prestado à população.
 
De acordo com o Sindsaúde, a realidade nos hospitais estaduais é de pacientes sendo entubados no chão e medicados em pé. Internações no corredor seguem por dias e crianças são atendidas no colo das mães. Além disso, diversos equipamentos estão sucateados e há falta de material de trabalho e de medicamentos. Todos esses constrangimentos a que são submetidos trabalhadores e pacientes põem em risco os procedimentos realizados. 

Os trabalhadores da saúde reivindicam recomposição salarial dos últimos 12 meses, conforme a inflação do período; concessão do auxílio alimentação, que já tem decisão favorável da Justiça; regulamentação da mesa de negociação; e fixação da data base para o funcionalismo público.

Nesta quinta-feira (6), o atendimento volta ao normal nos principais hospitais da rede. Exceto nos hospital de Linhares e São Mateus, onde o atendimento deve ser parcial em função da mobilização do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespes), que acontece nos dois municípios nesta quinta. Na sexta (7), a mobilização é em Nova Venécia e Colatina.
 
 
A mobilização faz parte dos preparativos para a paralisação geral dos servidores públicos estaduais de todas as categorias no próximo dia 13. Os sindicatos e associações do Fespes também estão articulando a greve geral do dia 24 de agosto, que será mantida caso o governo do Estado não retome as negociações com os trabalhadores.

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