Segunda, 06 Mai 2024

MPF-ES denuncia cinco por tráfico de cocaína no helicóptero dos Perrella

MPF-ES denuncia cinco por tráfico de cocaína no helicóptero dos Perrella
O Ministério Público Federal do Estado (MPF-ES) denunciou cinco pessoas envolvidas no transporte de 445 quilos de pasta-base de cocaína no helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Perrella (SDD), filho do senador Zezé Perrella. A aeronave foi apreendida em novembro do ano passado, no município de Afonso Cláudio, na região serrana do Estado.
 
A Procuradoria da República denunciou o piloto Rogério Almeida Antunes e o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior por tráfico de drogas e associação para o tráfico; os responsáveis por descarregar o helicóptero Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza; e o dono de uma propriedade que servia de base para a organização Elio Rodrigues.
 
O MPF também pediu o desmembramento do inquérito e a remessa de cópias ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), observando o foro privilegiado a que tem direito o deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Henrique Perrella.  
 
O juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, no entanto, rejeitou o pedido de desmembramento, mas autorizou a remessa de todo o material produzido pelo MPF-ES para a Procuradoria-Geral da República, em Brasília e à Procuradoria da República da Segunda Região. 
 
Na decisão, o juiz justificou que a mera constatação de serem a Procuradoria-Geral ou a Procuradoria Regional detentoras da atribuição para formular opinio delicti (do latim, opinião sobre o delito) em face de pessoas jamais indicadas como partícipes ou coautoras mas que, em tese, poderiam ostentar algum envolvimento nos fatos em apuração – neste caso, o senador Zezé Perrella (PDT-MG) e Gustavo Perrella – justifica que se lhe dê conhecimento da investigação, não, porém que a desmembre. 
 
Quanto aos presos na operação de novembro de 2013, não resta dúvida, para o MPF, que os denunciados Alexandre, Everaldo, Robson e Elio, atuando de forma dolosa e com plena ciência de que o que faziam era ilegal, se associaram para importar de forma rotineira cocaína do Paraguai para o Brasil. Rogério foi convidado a participar do esquema, como piloto das aeronaves utilizadas para o transporte de drogas, por Alexandre. Segundo a proposta feita, Rogério ganharia R$ 50 mil para fazer o traslado, saindo de Belo Horizonte às 7h e retornado às 18h. 
 
Se condenados, os cinco podem pegar de cinco a 15 anos de prisão por tráfico de drogas, três a 10 anos por associação ao crime de drogas e ainda ter um aumento de pena em até dois terços por tráfico internacional, já que a droga foi trazida do Paraguai.
 
 
 
 

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