Sábado, 18 Mai 2024

Docentes das Ifes se reúnem para votar indicativo de greve

O setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (Andre-SN), depois de reuniões realizadas neste sábado (25) e domingo (26), definiu a realização de assembleias gerais nas seções sindicais (o que inclui o Espírito Santo) com o indicativo de greve dos docentes das instituições. 
Segundo Paulo Rizzo, presidente do Andes-SN, a mobilização nas seções sindicais nas próximas semanas será fundamental para definir as próximas ações da categoria. “O setor aprovou o indicativo de período para inicio da greve, mas ainda dependerá da rodada de assembleias nas seções sindicais para definir se deflagraremos a greve e em que dia isso deve ocorrer”, explica.
O presidente do Andes-SN ressalta que, em abril do ano passado, o governo interrompeu as negociações com a entidade, quando foi registrado um avanço nas tratativas sobre a carreira docente. “Desde então, não conseguimos mais no reunir para dialogar sobre a questão, apesar das inúmeras tentativas do sindicato, e o MEC [Ministério da Educação] também não responde às nossas solicitações de audiência para tratar da pauta de reivindicações de 2015, a qual já protocolamos”, conta.
Durante na reunião do setor das Ifes, os representantes das seções sindicais relataram a profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas instituições, com problemas de infraestrutura, falta de docentes e técnicos para atender a demanda decorrente da expansão desordenada, o atraso de pagamento dos trabalhadores terceirizados, suspensão de contratos de manutenção e de fornecimento de insumos, atraso de pagamento das contas de água e luz, o corte de bolsa para estudantes (de pesquisa, de ensino e de extensão), corte de verbas de fomento e de diárias e passagens para participação em eventos científicos, dentre outras evidências da precarização.

A situação vivenciada pela comunidade acadêmica nas Ifes se agravou, em 2015, com os cortes impostos às verbas destinadas aos serviços públicos, que no setor educacional representou R$ 7 bilhões.  

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