O governo alegou que a deflagração da greve não seguiu os trâmites legais, por isso seria irregular. No entanto, o Sindipúblicos seguiu estritamente o que determina a Lei Estadual 7.331/02, que estabelece os parâmetros para deflagração de greve.
Ainda nas alegações, o governo argumentou que a população não foi comunicada e que não houve publicação do edital de greve, embora o edital tenha sido publicado no jornal impresso de grande circulação, bem como noticiado por veículos informativos do Estado, além de site e redes sociais do Sindipúblicos.
Por conta da liminar de suspensão e da possibilidade de pagamento de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento, os servidores deliberaram por retornar às atividades, porém permanecendo mobilizados enquanto o sindicato entra com recurso questionando a decisão.
Durante a greve, os servidores chegaram a solicitar que o Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES) mediasse uma negociação com o governo, diante da omissão do Estado em negociar com a categoria.
Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e valorização profissional para que possam desempenhar suas atividades com qualidade em favor da população capixaba. Os servidores entraram em greve após o governo Paulo Hartung (PMDB) ter negado toda a pauta de reivindicações, que contempla concessão de diárias com valor equiparado às do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); correção da tabela salarial; realinhamento da tabela de subsídios e plano de carreiras; criação de gratificações devido à sobrecarga e especificidades de algumas atividades.
É atribuição do Ipem executar em todo Estado a Política Nacional de Metrologia por delegação do Inmetro. A autarquia tem por objetivo prover segurança ao consumidor por meio das ações de metrologia legal e de avaliação da conformidade.