Trabalhadores da Vale protestam contra demissões em massa
De acordo com o Sindicato dos Ferroviários do ES e MG (Sindfer), mais de dois mil trabalhadores se concentram na entrada principal da Vale na manhã desta quarta-feira (4).
O ato começou às 6 horas, na entrada do turno da manhã, e terminou às 10h30. Durante quatro horas e meia as atividades foram paralisadas. Em assembleia, os trabalhadores deliberaram que querem uma reunião com o presidente da Vale, Murilo Ferreira.
O sindicato cobra uma resposta clara do presidente da mineradora sobre as demissões. A diretoria do Sinfer, que representa mais de 8 mil funcionários, afirma que o clima é de apreensão entre os trabalhadores, que temem novas demissões.
A Vale nega, mas, na prática, o sindicato adverte que 170 demissões em dois meses, está fora da média da empresa. Segundo o sindicato, a média de demissões é de 12 trabalhadores/mês. Mas nos dois primeiros meses do ano essa média já subiu para 85.
Internamente, a notícia que corre na empresa é que as demissões são resultado da crise mundial, que reduziu a cotação do minério de ferro para cerca de US$ 62, em janeiro do ano passado essa cotação superava os US$ 120.
Oficialmente, a empresa nega que haja um processo de demissões em massa, e justifica as dispensas como naturais.
Na reunião do conselho, o presidente do Sindfer, João Batista Cavaglieri, cobrou uma explicação do presidente da Vale sobre as demissões, mas Murilo Ferreira teria ficado em cima do muro. Não negou nem confirmou se haverá novas demissões.
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