Domingo, 05 Mai 2024

Não teve jeito

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De volta à Secretaria de Estado de Segurança (Sesp). Este é o destino do Coronel Alexandre Ramalho (Podemos), anunciado pelo governador Renato Casagrande (PSB) na tarde desta segunda-feira (19). Depois de ser rifado da candidatura ao Senado e de aceitar descer um degrau, conquistando a primeira suplência na chapa à Câmara Federal, a meta principal dele, como já tratado aqui na coluna, era assumir a cadeira do ex-secretário estadual e ex-prefeito de Viana Gilson Daniel (Podemos). O plano, porém, começou a naufragar na última semana, quando foi batido o martelo de que Gilson não retornaria à gestão estadual. Com a porta fechada, caberia a Ramalho ser acomodado novamente no governo ou no próprio mandato do correligionário. Falou mais alto o cargo de secretário! Embora Ramalho já tivesse manifestado falta de interesse em comandar mais uma vez a Segurança, era esse o esforço do governador, que acabou obtendo êxito. A possibilidade também ganhou força nessa sexta-feira (16), com o anúncio de que André Garcia assumiria a Justiça, a outra secretaria para a qual Ramalho estava cotado. Uma das pastas mais estratégicas do governo e ponto sensível e de muitas cobranças, além de alvo dos bolsonaristas e das forças policiais insatisfeitas com Casagrande, a Segurança Pública é mais uma secretaria da próxima gestão em que permanecerá "tudo como dantes no quartel de Abrantes". Mudanças, mudanças, mesmo, até agora, quase nada.

Na mesma
Assim como Ramalho retornará à Sesp, já que deixou o cargo para disputar as eleições, tudo igual também na pasta de Mobilidade, com Fábio Damasceno, e de Cultura, com Fabricio Noronha. Esse foi o bloco completo do anúncio dessa segunda.

Na mesma II
Já haviam sendo definidas as permanências de Valésia Perozini, secretária-chefe de Gabinete; Flavia Mignoni, superintendente de Comunicação; Davi Diniz, na Casa Civil; Marcelo Altoé, na Fazenda; e Jasson Amaral, procurador-geral do Estado. Já o secretário Álvaro Duboc saiu da pasta de Governo para o Planejamento, invertendo as posições com Maria Emanuela Alves Pedroso.

Entre aspas
As novidades, que não são tão novidades assim para o mercado e a população, são: o vice-governador eleito, Ricardo Ferraço, futuro secretário de Desenvolvimento; Enio Bergoli, de volta à Agricultura; e, como dito acima, André Garcia, mais uma vez, à frente da Sejus.

Demanda urgente
Já a atual vice, Jacqueline Moraes (PSB), que também não se elegeu à Câmara, assumirá uma secretaria nova, específica de Política para Mulheres, uma reivindicação antiga dos movimentos sociais representativos. Com as ações traçadas até aqui, como comentei em outras ocasiões, seria, de fato, um desperdício colocá-la em outra área. Veremos como será, na prática.

Mexe, não mexe
Das pastas cobiçadas por Gilson Daniel, que são as de maior visibilidade, devido à entrega de obras, segue em aberto a de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) – a outra era Agricultura -, hoje comandada pelo aliado e candidato derrotado à Câmara, Marcus Vicente (PP). Pelo visto, será mais uma a não ser alterada.

Olhos abertos
Também permanece motivo de expectativa a Saúde, tratada aqui em mais de uma ocasião, devido às reações ao nome do setor privado, Remegildo Gava Milanez, e o movimento em defesa do secretário interino, Tadeu Marino, e do sub Luiz Carlos Reblin. Além da sempre preocupante pasta de Educação, liderada por Vitor de Angelo, alvo de críticas da comunidade escolar.

Olhos abertos II
Volto a lembrar, também, de Meio Ambiente. A saída de Fabricio Machado é considerada certa, já que o nome caberá a Ricardo Ferraço, assim como foi ele quem decidiu Agricultura. No Estados dos grandes projetos poluidores, a escolha pode ser catastrófica. Ferraço, como se sabe, é representante do empresariado.

Descida
Resolvido Gilson, Ramalho e Jacqueline, ainda permanecem à espera de anúncios os cargos de outros aliados e correligionários, os deputados estaduais Freitas e Bruno Lamas, ambos derrotados à Câmara e à Assembleia, respectivamente. Nos bastidores, os comentários são de que ocuparão o segundo escalão.

Nas redes
"É com muita alegria que anuncio que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco [PSD-MG], me designou relator da PEC 42/2022, que direciona recursos para o pagamento do piso salarial nacional da Enfermagem (...) Com mais este avanço, essencial para definição das fontes de custeio do piso, esperamos que o STF aprecie os pedidos de urgência e revogue imediatamente a suspensão da Lei 14.434! (...). Fabiano Contarato, senador pelo PT.

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Reação em cadeia

Em defesa do SUS, servidores públicos da saúde protocolam carta aberta a Casagrande para manter Tadeu e Reblin na Sesa
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Bandeira municipalista

Poucos dias após entrar em campo já no papel de fiscal, a confirmação: Gilson Daniel vai assumir, mesmo, cadeira na Câmara 
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