Domingo, 05 Mai 2024

​Bandeira municipalista

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Cinco dias após tratar aqui na coluna da entrada em campo do ex-secretário estadual e ex-prefeito de Viana Gilson Daniel (Podemos), já como deputado federal eleito, a confirmação: ele vai mesmo assumir a cadeira na Câmara em 2023, saindo de vez do centro das negociações em torno do tabuleiro em formação do próximo secretariado do governador Renato Casagrande (PSB). A decisão foi tomada nesse final de semana, em reunião com o aliado, mas as últimas movimentações de Gilson também indicavam esse caminho. Ele vem há dias atuando como fiscal e interlocutor em seu reduto eleitoral, com cobranças para todo lado e a setores da própria gestão estadual, além de investir na divulgação de suas ações e imagem nas redes sociais. Ex-presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes), também tem vendido um mandato voltado para a bandeira municipalista e participativo. O entendimento com Casagrande teria relação com a frente ampla de partidos que formou o palanque à reeleição, o que congestiona as acomodações, e a abertura de precedente para executar a "dança das cadeiras" também com outros aliados eleitos e derrotados, como foi feito em 2018. Sem Gilson no governo, fica a ver navios, novamente, o coronel Alexandre Ramalho (Podemos) e sua meta principal de assumir o mandato como suplente. E, agora, resta essa pergunta: qual será o destino de Ramalho?

Visibilidade
Gilson Daniel só deixaria o mandato na Câmara se fosse acomodado em pastas de destaques no governo, com entrega de obras, como a de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e de Agricultura (Seag). Voltar para as de antes, Governo e Planejamento, estava fora de cogitação. Ele tem planos para 2026...

Quem não quer?
Acontece que são áreas cobiçadas e congestionadas. A Sedurb, hoje, está nas mãos do aliado fiel de Casagrande, Marcus Vicente (PP), derrotado na disputa à Câmara Federal. Já a Seag, sob a responsabilidade do vice superpoderoso, Ricardo Ferraço (PSDB).

Aí é que 'tá'...
No caso de Marcus Vicente, ainda resta a dúvida: ele faz parte do bloco de secretários que permanecerão no atual cargo ou que serão realocados? A definição para a secretaria dirá muito sobre as forças aliadas. Veremos!

'Plano B'
Em relação a Ramalho, como também já analisado aqui, o que circula é que ele não quer retornar à Secretaria de Segurança Pública (Sesp), que é o interesse de Casagrande. Já se fala, também, em trabalhar junto com Gilson na Câmara ou, quem sabe, algo que o atraia mais, que ainda não ecoou para fora dos bastidores políticos.

Cinco, apenas
Até agora, já estão definidos no governo Ricardo Ferraço, como secretário de Desenvolvimento; Alvaro Duboc, de Planejamento; Maria Emanuela Alves Pedroso, de Governo; Marcelo Altoé, da Fazenda; e Jasson Amaral, da Procuradoria-geral do Estado. Os únicos que não trocaram de posição, até agora, foram os dois últimos da lista.

Abrigos
Assim como o destino de Ramalho, permanecem em aberto as acomodações de aliadíssimos e correligionários de Casagrande, como a vice-governadora, Jacqueline Moraes, e os deputados estaduais Freitas e Bruno Lamas.

Abrigos II
Freitas, primeiro suplente da Câmara, para assumir o mandato, Paulo Foletto (PSB) teria que retornar ao governo. Não é o que vai acontecer desta vez, como tem garantido o ex-secretário de Estado da Agricultura. Já Bruno Lamas, se o ex-secretário Tyago Hoffmann não assumisse na Assembleia, o que não faz o menor sentido. Hoffmann saiu de onde sempre esteve, em cargos de destaque, exatamente para alçar novos voos. Vai recuar?

Abrigos III
Em 11 de novembro passado, também cometei que Jacqueline, uma vice atuante, galgou espaço atuando em demandas como dos direitos das mulheres e contra a violência de gênero e o racismo, e que assumir qualquer pasta fora desse contexto, seria, ao meu ver, um tiro no pé. Sigo no aguardo desse anúncio.

Nas redes
"O vereador bolsonarista, que foi cassado por infidelidade partidária, quis correr e aprovar urgência em projeto de lei dele pra 'proibir linguagem neutra nas escolas', usando aquele discurso que a gente já não aguenta mais ouvir. O PL antes de mais nada é inconstitucional (...) A urgência foi derrubada. Lgbtqifóbicos não passarão!". Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT, sobre Gilvan da Federal (PL).

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Ações antecipadas

Em meio às negociações e anúncios sobre o próximo secretariado, Gilson Daniel já entra em campo como deputado federal eleito
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Peças em espera

Entre suplências e cargos, PSB tem ao menos três aliados para abrigar com destaque e de olho no futuro: Freitas, Jaqueline Moraes e Bruno Lamas
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