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Passos para trás

Freio de arrumação na Câmara de Vitória limpa o terreno para prefeito Lorenzo Pazolini

Redes Sociais

Depois de turbulências e muitos ruídos na base, o terreno voltou a ser bem preparado para o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) na Câmara de Vitória. O freio de arrumação veio de um dos próprios rebelados, o presidente, Leandro Piquet (Republicanos), que ao contrário da postura que vinha adotando nas últimas semanas, enterrou o pedido de impeachment feito pelo vereador André Moreira (Psol) por crime de responsabilidade. O enterro em si não surpreende, pois como já analisado aqui, Pazolini mantinha a maioria em plenário, apesar das críticas que passaram a ecoar de aliados. Mas a forma, sem debate e por decisão exclusiva, revela interlocuções de bastidores para pôr “ordem na Casa”. Piquet se concentrou em apontar alegações técnicas, e ficou por aí. Já o vereador Anderson Goggi (PP), que também vinha mirando no prefeito e convocou o secretário de Cultura, Luciano Gagno, para dar explicações sobre denúncias de contratações irregulares, passou batido no tema. Eles eram as peças destoantes que passaram a dar volume às investidas da oposição. A pouco tempo da prestação de contas de Pazolini, nesta quarta-feira (12) pela manhã, os dois jogadores recolheram suas armas políticas. Resta conferir, agora, os confetes em cima do prefeito.

Bombeiros
Piquet e Pazolini registraram, nos últimos meses, embates sequenciais. O caldo entornou de vez depois do veto ao aumento dos salários, decidido pelo prefeito sem diálogo. De lá pra cá, foram vários discursos incisivos de Piquet, o que ainda se reproduzia na última semana, inclusive após o protocolo de Moreira, no dia 3. A alegação dele, que marca o “afrouxar da corda”, foi falta de justa causa e de elementos mínimos que embasem o impeachment.

Bombeiros II
Essa foi a motivação, também, de Anderson Goggi assumir postura crítica à gestão municipal, sem poupar o prefeito, que pouco tempo atrás, o convidou para assumir a pasta de Cultura. A mesma comanda por Gagno, imprensado contra a parede na comissão presidida pelo próprio Goggi, também em requerimento feito pelo vereador do Psol. Veremos as cenas dos próximos capítulos…

Lá e cá
Nesta segunda-feira, poucos vereadores abordaram o pedido de impeachment e a decisão de Piquet. André reagiu, obviamente, e foram registradas espetadas dos outros integrantes da restrita oposição, Karla Coser (PT) e Vinícius Simões (Cidadania). A defesa de Pazolini, por sua vez, ficou por conta de Luiz Emanuel (Republicanos) e Davi Esmael (PSD).

Alvo
Em suas falas, os vereadores da base se concentraram em desqualificar André Moreira. Luiz Emanuel disse que o pedido “chega a ser uma pinéia” e disse que ele “conseguiu alguns minutos de fama”. Davi foi no mesmo sentido e apontou que Moreira deu “um grande exemplo para os Trapalhões”. Já o líder do Governo, Duda Brasil (PSC), resolveu antecipar a prestação de contas de Pazolini.

Enredo
Com as galerias lotadas de técnicos de enfermagem, também rolou embate político, citações a Lula, vaias, pedidos de silêncio, ameaças de suspender a sessão, e, mais uma vez, espetadas. Numas dessas, Karla Coser destacou…

Palanques
… “a única certeza é que nós vamos derrotar Pazolini nas urnas!”. A vereadora tem sido alvo constante de Davi Esmael, o que remete com antecedência à disputa reeditada entre o prefeito e o deputado estadual João Coser (PT), pai de Karla.

Enquanto isso…
Moreira foi depois às redes e seguiu com sua campanha. Desta vez, listou oito motivos para o impeachment, além dos que já tinha apresentado: não prestar contas no prazo exigido por lei, em 2021 e 2023; não responder a requerimentos de informação; e realizar atos de autopromoção em eventos realizados pela prefeitura, até com cantoria ao microfone.

Complemento
Os outros cinco são: escândalo de irregularidades com o secretário de Cultura; não apresentação do projeto para acabar com a cobrança dos 14% dos servidores; criminalização e falta de diálogo com os pescadores; má gestão da Rua da Lama, causando 70% de prejuízos aos comerciantes; e diversas obras mal feitas, como o corrimão da Ilha do Frade, que “custou milhões, enferrujou, e está dando choque nas pessoas”.

Nas redes
“(…) Não podemos aceitar que essa conquista histórica seja relativizada pela omissão dos governos ou por aqueles que lucram com a doença. No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande prometeu durante o período eleitoral o pagamento do piso. Seguimos cobrando para que essa conquista seja efetivada em nosso Estado (…)”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol, fazendo coro a luta da Enfermagem pelo novo piso salarial.

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1,2,3…testando!

Escudo versus vidraça: sob pressão e alvo de desgastes, Pazolini vai encarar a Câmara de Vereadores


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/1-2-3-testando


Desacertos

Aridelmo participou da articulação com vereadores e pediu votos a favor do aumento dos salários. Na contramão, o veto!


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/desacertos


Riscou o fósforo

Cabo de guerra entre o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e vereadores da base aliada afrouxa ou arrebenta? Logo, logo veremos!


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/riscou-o-fosforo

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