Bancários param a partir da próxima terça-feira
Seguindo orientação do Comando Nacional da categoria e reunidos em assembleia geral na última quarta-feira (12), os bancários do Espírito Santo decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18, terça-feira da próxima semana. Na segunda-feira (17), às 18h30, no Centro Sindical, a categoria realiza uma nova assembleia, com o objetivo de organizar o movimento.
O Comando Nacional dos Bancários já havia indicado a greve no dia 4 de setembro, quando a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), contrariando as expectativas, não apresentou nenhuma proposta em mais uma rodada de negociação com a categoria. A Federação manteve a proposta – completamente rechaçada pelos trabalhadores – de aumento de 6%, que, se consideradas as perdas inflacionárias dos últimos anos, significaria apenas cerca de 0,7% de reajuste real. A categoria reivindica 10,25%, ou seja, a reposição da inflação acrescida de 5%.
Além do debate salarial, os bancários reivindicam avanço em suas outras pautas, como a contratação de mais trabalhadores, o fim do assédio moral e das metas e a ampliação do horário de atendimento das agências. A Fenaban se recusou a debater essas questões, o que causou a indignação nos trabalhadores.
O coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão), afirma que a categoria considerou a proposta da Fenaban um desrespeito, já que, mesmo com o crescimento do lucro dos bancos, não houve avanço na negociação salarial. Além disso, Carlão alega que diversos bancos por todo o País, como o Itaú, continuam demitindo trabalhadores sem motivos concretos, o que só aumenta a indignação da categoria.
O coordenador diz que, pela postura, a Federação não deu outra opção aos bancários, a não ser a greve. “Ninguém faz greve porque gosta. Acaba sendo uma necessidade para a categoria, diante da intransigência dos bancos em negociar”, afirma ele. Carlão argumenta que a categoria está debatendo muito mais que a questão financeira. “Há uma questão social sendo debatida. Nós queremos que o cliente seja respeitado, com ampliação do horário de atendimento, contratação de trabalhadores e fim do assédio moral”.
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