Domingo, 19 Mai 2024

Caso Arielle: delegado volta atrás e diz que homicídio foi cometido com intenção de matar

Após a perícia realizada no apartamento de Marcos Rogério Amorim dos Santos Júnior, acusado de assassinar a namorada Arielle Martins Pardinho, na noite dessa terça-feira (11), o delegado responsável pelo caso, Fabrício Lucindo Lima, titular do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares (norte do Estado), declarou à imprensa na manhã desta quarta-feira (12), que houve a intenção de matar.



A afirmação do delegado demonstra a precipitação nas conclusões a que chegou após o depoimento do acusado, ocorrido na última quarta-feira (4). Naquela ocasião, o delegado declarou que, após tomar o depoimento do acusado, em que ele assumiu ter o gatilho durante o ato sexual, por acreditar que não havia munição na arma, o crime poderia ser tipificado como homicídio culposo ou com dolo eventual. 

 
Depois da perícia, o discurso mudou e o delegado, que alegou ainda faltar alguns questionamentos, passou a declarar que a tese de homicídio culposo (sem intenção de matar) está descartada, prevalecendo a de homicídio doloso (com intenção) ou com dolo eventual, que ocorre quando a pessoa assume o risco de matar. 
 
A morte de Arielle ainda é permeada de questionamentos, que só devem ser elucidados com os laudos periciais que devem ser finalizados em até 15 dias. A cena do crime foi violada pelo pai do acusado, o policial rodoviário federal aposentado Marcos Rogério Amorim dos Santos. No dia do assassinato, o pai entrou no apartamento e retirou o filho do local, levando para outra propriedade da família. Em primeiro depoimento, o pai negou a informação, mas foi confrontado com a perícia feita no veículo de propriedade dele e voltou atrás, assumindo que havia dado fuga ao filho. 
 
No dia dos depoimentos, pai e filho não ficaram detidos, sob a alegação que o acusado havia se apresentado voluntariamente e que o pai poderia retirar o filho da cena do crime naquela situação. Não pesou contra o acusado, também, o fato de o crime ter sido cometido com uma arma para a qual ele não tinha porte e que não tinha registro. 
 
A família da vítima acompanhou a perícia e declarou que vai acompanhar o desfecho das investigações. Durante o velório de Arielle, familiares dela chegaram a declarar que duvidavam da versão do acusado, já que a relação entre os namorados seria marcada por ciúmes e brigas. Os parentes de Adrielle disseram acreditar que a cena do crime tivesse sido adulterada e que o acusado poderia ser inocentado justamente por isso.

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