Domingo, 05 Mai 2024

Cai, cai balão

As festas juninas ainda estão longe, mas os céus capixabas já estão crivados de balões pelo menos no que se refere ao cenário político. Desde o final do ano passado, as lideranças políticas começaram a se movimentar intensamente na busca de um espaço político que lhe garanta um bom posicionamento para na disputa de 2014. E uma parte importante desses movimentos é a soltura de balões de ensaio para testar o respaldo com o eleitorado.



Mas não é de hoje que o Corpo de Bombeiros alerta para o risco de se soltar balão, muita gente pode se queimar. É só olhar o exemplo do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB). Em pouco mais de uma semana, ele que havia chamado os correligionários e ensaiado a saída do governo da presidente Dilma Rousseff até o fim do ano, diminuiu sensivelmente seu ritmo de campanha.



A possibilidade de Eduardo Campos disputar a eleição presidencial foi vista como um grande balão de ensaio, uma tentativa do socialista de ganhar musculatura, apoiado um tamanho que na verdade seu partido não tem. Pode conseguir a vice na chapa de Dilma, se souber usar habilidade política para aparar arestas nesse caminho.



No Estado, Paulo Hartung já deu início a uma dinâmica já conhecida no mercado, esquentando e esfriando as especulações sobre seu posicionamento sem que ele se coloque publicamente sobre o assunto. Essa estratégia ajuda a criar entre os aliados uma expectativa, inviabilizando os voos próprios.



Como deixa para se posicionar oficialmente sempre às vésperas do início do processo eleitoral, Hartung acaba deixado todas as movimentações em suspeição. Quando recua, cria uma confusão muito grande para a acomodação das demais lideranças, que ficam com pouco tempo para reorganizar seu espaço na disputa eleitoral.





Fragmentos:



1 – A escolha do novo líder da bancada capixaba em Brasília, que está sendo disputa entre os deputados federais Iriny Lopes (PT) e Paulo Foletto (PSB) deixa bem claro como é a divisão do grupo.



2 – Entre os apoiadores de Iriny Lopes estão Ana Rita Esgário (PT), Magno Malta (PR), Lauriete (PSC) e Sueli Vidigal (PDT). Do outro lado estão Lelo Coimbra (PMDB), Ricardo Ferraço (PMDB) e Cesar Colnago (PSDB). Os outros orbitam em torno dessas forças.



3 – Talvez isso explique porque bancadas com menor ou igual porte no Congresso Nacional, consigam resultados mais substanciais do que a nossa. Falta de unidade dos deputados e senadores na hora de legislar em favor do Estado.

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