Difícil começo
Nesta época do ano é comum os municípios decretarem situação de emergência por causa das chuvas, que geralmente passam pelas cidades, sobretudo, no interior, deixando um rastro de destruição. Mas este ano a coisa é diferente. Alguns dos novos prefeitos que tomaram posse no último dia primeiro de janeiro encontraram o cofre vazio e uma montanha de boletos de cobrança sobre a mesa.
A prefeita de Mimoso do Sul, Flávia Cysne (PSB), foi a primeira a acusar o golpe. Além de decretar o estado de emergência nas finanças do município, a nova prefeita colocou em exibição na praça da cidade equipamentos e veículos que encontrou sucateados na municipalidade. A prefeita também entregou relatório da situação encontrada ao Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça governo e etc.
No último dia 17, o prefeito de Muqui, Aluísio Filgueiras, decretou calamidade nas finanças do município. Chama a atenção no despacho do prefeito o destaque par a formatação de quase todos os hardwares, apagando os bancos de dados essenciais à nova administração.
Esta semana a prefeitura de Alto Rio Novo, no noroeste capixaba, também decretou situação de emergência em vista da situação financeira e administrativa do município. O prefeito da Serra encontrou também um rombo nos cofres da prefeitura quando assumiu o governo de quase R$ 200 milhões.
A vida para esses prefeitos e para outros Estado afora será difícil este ano. Além de encontrarem o cofre vazio, ainda terão que lidar com a nova conjuntura do Estado, que já perdeu os repasses do Fundap e está prestes a perder os dos royalties, sem falar nas novas regras do FPE e do ICMS que estão em discussão em Brasília.
Com a corda no pescoço, esses novos prefeitos vão ter que lidar com as demandas da população por mudanças nas gestões. Sem dinheiro não terão como conseguir realizar as mudanças necessárias e ainda têm que tomar muito cuidado com os termos mais temidos dos prefeitos: “responsabilidade fiscal” e “improbidade administrativa”.
Muito bem fizeram os prefeitos que como primeiros atos, colocam a boca no trombone denunciando suas situações financeiras. Mas só isso não é suficiente. Vão ter que usar a criatividade para atrair recursos. Só têm que tomar cuidado com empresas que prometem a mágica da recuperação de crédito. Isso pode dar muito mais dor de cabeça do que alegrias.
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