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Dois árbitros em campo

Um campo de futebol tem 110 metros de comprimento por 70 de largura. De uma área a outra, são 80 metros. Os árbitros percorrem o campo em diagonal. Na média, eles têm 38 anos de idade. Alguns têm 45, o limite.
 
Agora me diga o leitor: como uma pessoa dessa idade com um apito na boca pode acompanhar os lances de um futebol cada vez mais veloz? Impossível, né, gente boa?
 
Muito me admira que a Fifa e outras autoridades não tenham tomado as devidas providências. Vão esperar que um juiz morra em campo para tomar uma medida sensata? Ou que um atleta perca a cabeça e agrida um árbitro equivocado?
 
Até parece que torcedores e jogadores não veem o esforço dos árbitros para acompanhar as jogadas. Quando a defesa de um time retoma a bola, o pobre diabo dispara para o outro campo. É patético. O cara não só não acompanha a velocidade dos atletas e da bola, ele vai perdendo os reflexos à medida que corre. Para descansar, apita faltas a torto e a direito, distribui cartões amarelos e “ajuda” os atletas lesionados. Ou, seja, vai levando o jogo a seu favor. Os narradores de radio e televisão se adaptaram a esse sistema de para-anda. Eles aproveitam as paradas para chamar os repórteres de campo e soltar as mensagens dos patrocinadores. Algumas emissoras têm até repórter atuando no meio das torcidas. Com as manifestações, tem repórter fora do estádio.
 
Enquanto isso, o que vemos no campo de futebol? Dois parados embaixo das goleiras, 20 correndo atrás da bola e apenas um árbitro esbaforido num vaivém em diagonal com o apito na boca, de olho no relógio e tomando cuidado para não perder os cartões dos bolsos.
 
O fato é que uma bola lançada em profundidade gera lances que não são vistos de perto pelo árbitro. Se a jogada for pela ponta esquerda, nem os bandeirinhas vêem de perto, pois acompanham o jogo pela linha lateral da ponta direita. Qual a solução? Há quem defenda a fiscalização eletrônica, via TV.
 
Eu escalaria dois árbitros, um em cada campo de jogo. Não é assim no basquete e em outros esportes de bola? Alguns têm até mais de dois árbitros.
 
Em segundo lugar, sugiro que sejam recrutados como árbitros ex-jogadores de futebol devidamente preparados para essa função em escolas de educação física. Os árbitros atuais não são atletas. A maioria exerce outras profissões.  
 
A Copa 2014 está provando que o futebol é muito importante para ficar à mercê de pessoas despreparadas para o exercício da arbitragem.  
 
LEMBRETE DE OCASIÃO
 
Um atleta que agrida um árbitro é praticamente banido do futebol. Um árbitro que ofenda um time ou uma torcida com uma marcação errada…esse continua apitando até chegar à idade limite.

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