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Dois movimentos

A estratégia de Paulo Hartung, traçando um acordo de bastidores com o PT capixaba, fica evidente para a classe política quando o partido decide lançar a candidatura do deputado Roberto Carlos ao governo do Estado, logo depois de um encontro com o ex-governador na semana passada. 
 
Os petistas saíram do encontro com Hartung dizendo que a opção pela candidatura própria se deu em detrimento do acordo fracassado com o PMDB. Mas para a classe política a história tem outra versão. A candidatura do PT fortalece Hartung na disputa e em caso de segundo turno, o PT se une a ele, com o fortalecimento de quem disputou uma eleição ao governo. Zera-se o jogo e se estabelece uma disputa de duas forças políticas contra uma. 
 
Mas Casagrande não parece disposto a assistir a manobra sem fazer nada. A entrevista do secretário-chefe da Casa Civil, Tyago Hoffmann à Rádio CBN, na manhã desta segunda-feira (16), pareceu mais uma resposta política às movimentações dos adversários do que uma satisfação às vítimas da chuva de dezembro do ano passado. 
 
Desde que anunciou o apoio à candidatura do socialista Eduardo Campos, o governador Renato Casagrande ainda não se posicionou contrário a nenhum palanque presidencial. Mas diante da movimentação do PT, o recado de Hoffmann foi dado. Jogou no colo do governo federal a culpa pelo fato de a maior parte dos recursos para a reconstrução dos municípios atingidos pela chuva estar atrasado.
 
Casagrande saí da neutralidade, mas até agora não havia atacado ninguém. Diante da possibilidade de um jogo casado entre Hartung e o PT, porém, a reportagem sobre a chuva, publicada na Gazeta de domingo (15), serviu de subterfúgio ideal para que o governador partisse para cima da já frágil candidatura à reeleição de Dilma no Estado. 
 
Fragmentos:
 
1 – Mais do que o lançamento da candidatura à Presidência da República do senador por Minas Gerais, Aécio Neves, o que chamou a atenção da classe política na convenção do PSDB  foi o fato de o presidenciável tucanos se recusar a posar para fotos ao lado dos correligionários. 
 
2 – Fotos em tamanho natural de Aécio, em papelão, com  o candidato abraçando o nada, foram colocadas no local da convenção para que os tucanos pudessem fazer as fotos que posteriormente poderão ser usadas nos santinhos.
 
3 – Nas redes sociais, o presidenciável foi comparado à cantora canadense Avril Lavigne, que em recente passagem pelo Brasil tirou fotos com os fãs sem que eles pudessem tocar na cantora. Um prato feito para os adversários colarem o rótulo de avesso ao “povão” no presidenciável tucano.

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