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Erro estratégico

O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) parece ter traçado uma estratégia inteligente para a disputa eleitoral deste ano. Mas nem sempre uma estratégia inteligente é exitosa. Foi o que aconteceu com o peemedebista. Olhando de perto não há grandes novidades em relação às movimentações dele em pleitos passados. 
 
O ex-governador acreditava que conseguiria convencer o mercado político, com a ajuda das pesquisas eleitorais, de sua dupla influência no cenário, tanto na disputa presidencial quanto no movimento das peças na disputa estadual. Mas esqueceu-se de dois detalhes: não tem mais a caneta na mão e as articulações fechadas por cima.
 
Era para ter aprendido com o pleito de 2010, mas não entendeu que a situação é diferente de 2002 e 2006. Enquanto o governador Renato Casagrande protelava o posicionamento cozinhando e tentava manter a unanimidade, Hartung deixava em expectativa PT, PSDB e segurava o DEM como um campo de atuação dele. 
 
Aí entraram em campo as nacionais. E Casagrande rapidamente entendeu que o caminho hoje era outro, seus olhos foram abertos pelo seu presidenciável, Eduardo Campos. Hartung vê agora o PSDB escapar por entre os dedos, com a visão de Aécio Neves de que o importante agora é a união da oposição para evitar que Dilma vença no primeiro turno. 
 
Hartung evitava o posicionamento pró-Dilma por causa da fragilidade da candidatura da presidente. Agora tem de lidar com a fragilidade de sua própria candidatura. Afinal, o que tem Paulo Hartung hoje? Um PMDB dividido, com alguns nomes de peso defendendo uma tese plausível. A questão não é não ter candidatura ao governo, é ter uma candidatura fragilizada, como se encontra hoje a de Hartung. 
 
Tem um PT desconfiado, que já prepara um plano de emergência diante da iminência de desembarque de Hartung do palanque de Dilma. Tem o PDT de Vidigal, que não tem outra saída agora senão ficar onde está. E tem o DEM, que no Espírito Santo não é exatamente uma potência partidária. 
 
Fragmentos:
 
1 – Na sessão ordinária dessa segunda-feira (5), o deputado Paulo Roberto (PMDB) foi à tribuna defender as pesquisas que apontam vantagem de Paulo Hartung na corrida eleitoral, mas nos bastidores, o clima entre os deputados era de desconfiança em relação aos números.
 
2 – Há tanta insegurança nos dados das pesquisas realizadas no Estado, que mais uma vez a tendência é de que os candidatos busquem institutos de fora para avaliar quais suas reais chances nas disputas. 
 
3 – Nos bastidores circula que Hartung está tentando aos 45 minutos do segundo tempo se aproximar de Aécio, mas é aquela história: amigos, amigos, negócios à parte.

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