Quarta, 01 Mai 2024

Evasivos

Combate às drogas, aumento da guarda civil armada, incentivo aos professores, valorização dos servidores públicos, melhorias na saúde. Boa parte dos candidatos a prefeito aposta em temas bem genéricos e muitas vezes abstratos sobre os problemas das cidades, o que mostra pouco conhecimento ou falta de vontade política em debater a fundo com os eleitores.



Um bom exemplo da falta de atenção na hora de apresentar a plataforma é a política para a juventude. Os projetos dos candidatos a prefeito e vereador têm se baseado em combate ao uso de drogas e capacitação profissional. Mostram que ninguém ouviu os jovens sobre suas necessidades e prioridades.



Na questão da segurança, a coisa é ainda pior. Os candidatos dão voltas e mais voltas no toco, mas não entram na questão. Falam em guarda armada, em aumentar a iluminação, adotar o videomonitoramento, e, quando acuados, subitamente, lembram que a questão é dever do Estado.



As políticas de prevenção, atendimento nas áreas de risco social, programas de inclusão da comunidade carente, isso pode muito bem ser abordado nos projetos municipais, mas não é, e quando é, não são discutidos de forma abrangente.



No que diz respeito à economia, a situação chega a dar revolta. Desenvolver a cidade é atrair empresas para se instalar em locais com concessão da prefeitura, ocupando uma área enorme, trazendo danos ambientais e empregando meia dúzia de gatos pingados.



Nem mesmo os municípios com maior potencial turístico cogitam a possibilidade de fazer desse setor um filão de arrecadação de impostos e aumento de emprego e renda. Falta sensibilidade e visão empreendedora aos prefeitáveis.



Bom, se a coluna fosse enumerar lacuna por lacuna nos projetos de governo dos prefeitos, faltaria espaço. Mas fica a dica para o eleitor: o candidato escolhido tem propostas palpáveis, ou vive no mundo da fantasia? Só lembrando, serão quatro anos.



Fragmentos



1 – O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado) em busca de reeleição, Carlos Casteglione (PT), deve ter esquecido o ditado de que quem tem teto de vidro não deve atirar pedras no telhado dos outros.



2 – Ele vem tentando desprestigiar o adversário, o deputado estadual Glauber Coelho (PR), que tem o apoio de Theodorico Ferraço (DEM) e de Roberto Valadão e do ex-deputado José Tasso, ambos do PMDB. 



3 – Mas o que dizer de um homem de esquerda que tem o apoio de Camilo Cola (PMDB), megaempresário que financiou a tortura aos combatentes da ditadura no País? É melhor deixar isso quieto, Casteglione!

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