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Fez bobagem

Apesar de não parecer, o Espírito Santo, assim como todos os outros estados brasileiros, tem três senadores. Digo isso, porque parece que só tem um. Nesta terça-feira (27), o Congresso Nacional se reuniu, com a presença da presidente Dilma Rouseff, para uma sessão solene de entrega do relatório da CPMI da violência contra a mulher. 
 
A comissão foi presidida pela senadora Ana Rita (PT), que realmente não chegou à Casa pelo voto popular, entrou na suplência de Renato Casagrande, mas que está fazendo um mandato exemplar. Diga o leitor, qual foi a última vez que um senador capixaba sentou-se à Mesa Diretora com tanto status assim?
 
Mas o senador que a imprensa corporativa conhece é outro. Nada contra o senador Ricardo Ferraço (PMDB). Foi eleito em 2010, depois de uma manobra que o tirou da disputa ao governo. É o presidente da Comissão de Relações Exteriores e vem conseguindo se destacar na mídia nacional. 
 
Não adianta, porém, ficar tentando blindar a imagem de Ricardo Ferraço. Ele fez bobagem. Ao trazer o senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil, mesmo depois de o País ter negado asilo político ao parlamentar, não foi uma boa ideia. Pode acabar muito mal. 
 
Os argumentos que ele apresenta são inconsistentes e a visibilidade que está ganhando agora pode se reverter em pauta negativa. A direita pode até estar assimilando a ideia, mas a situação pode ficar complicada. Para piorar um pouco mais a situação, vai levar Roger Molina ao Senado. 
 
Forçar a barra para transformar Ricardo Ferraço em uma figura popular no Espírito Santo é difícil. Ele tem uma boa movimentação política e voto na Grande Vitória. Teria condições de ser governador quando Paulo Hartung estava com capital político forte. Hoje, o ex-governador não tem condições de elegê-lo e ele precisa de vitrine, já que o Senado é uma casa bem distante daqui. 
 
O problema é que as agendas que vem pegando são muito suscetíveis a questionamentos. Vai à Bolívia dizer que os corintianos estavam em cadeias superlotadas e que as condições eram desumanas. Chega a ser uma agressão à população capixaba que conviveu com as masmorras durante o governo Hartung, do qual ele era vice.
 
Depois entrou mal nessa questão da BR-262, com o discurso desgastado de que o governo federal tem preconceito com o Espírito Santo. Sendo que na verdade, a bancada capixaba “comeu mosca” ao permitir que o edital da BR saísse como saiu. 
 
Fragmentos: 
 
1 – Ricardo Ferraço (PMDB) não ajudou uma vítima de perseguição política e sim um senador acusado de corrupção e envolvimento com o narcotráfico, criou uma confusão desnecessária com a Bolívia e ainda acha que está abalando Bangu. 
 
2 – Aliás, muitas perguntas precisam ser respondidas. Quais os riscos para o senador boliviano? Estava sendo ameaçado? Por que Ferraço passou por cima de uma decisão do governo federal? E, principalmente, quem empresta um jatinho para um resgate internacional? 
 
3 – No próximo sábado (31), o PSDB-ES realiza o “Seminário Regional do PSDB Pensando no Espírito Santo”, que acontecerá no município de Cachoeiro de Itapemirim.

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