Segunda, 29 Abril 2024

Nem tanto ao céu nem tanto ao mar

 

Você sabe quanto e onde gasta o seu dinheiro? 
 
Qual é a sua motivação para poupar? 
 
Essas duas reflexões são necessárias para avaliar qual é o grau de atenção e de importância que tem destinado ao uso do seu dinheiro. Tem parado para fazer e acompanhar as suas contas? Tem pensado antes de agir ou tem agido por impulso?   
 
À medida que a educação financeira vai sendo introjetada, a negociação e, através dela, os descontos conquistados e o dinheiro que vai sendo “economizado”, passam a ser cada vez mais, uma fonte de motivação na nova relação com o dinheiro. No início do processo de mudança há um temor de se passar da condição de descontrolado financeiramente a de avarento.  Esse temor é fruto da mudança para a condição de controle da situação financeira, No processo, as trocas propostas vão também modificando gradativamente a relação de consumo e, passo a passo, o impulso vai cedendo à reflexão, ao questionamento se aquilo é necessário, se pode ser adquirido naquele momento...  
 
Evitando os gastos, economizando naqueles que são realizados,  adotando a prática de comprar preferencialmente à vista, sem assim gerar despesas futuras, vamos cuidando melhor do nosso dinheiro. A resposta que recebemos dele com esse comportamento, é que pouco a pouco o recurso vai “sobrando”, possibilitando a formação de reservas, o  que tem também um impacto psicológico positivo, por trazer um sentimento de segurança. 
 
Na formação de reservas nem sempre há destinação específica. Há os que formam reservas  para  a fase que denominam  “velhice”, para que não precisem depender da ajuda de terceiros.  Há reserva mantida para cobrir possíveis momentos de emergência e outras formadas a partir de abdicações diárias de vida e sem propósito nenhum, gerando um comportamento adoecedor.  Os comportamentos de consumo extremos- compulsivo ou extremamente contido,  tem que ser igualmente tratados, pois deixar de viver para poupar, poupar sem propósito,  ou gastar sem fazer conta, são igualmente prejudiciais a saúde financeira da família.  
 
Formar e manter reserva financeira faz muito bem à saúde individual, familiar e coletiva!   
 
Há que se sonhar, lembrando que todo sonho merece ser realizado e para tanto, devemos plantar para colhê-los no momento e de forma certa e sustentável.  Não há que se viver temendo pelo futuro, seja pelo processo de envelhecimento ou por possíveis ameaças.  A missão é a prevenção financeira, sem deixar de cumprir com a meta principal de viver,  de ser feliz e de poder promover a felicidade, sem colocar em risco a saúde e sustentabilidade financeira.      




Ivana Medeiros Zon é assistente social,  especialista em Saúde Pública e em Estratégia Saúde da Família. Autora do Projeto Saúde Financeira na família: uma abordagem social, com foco em educação financeira.
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Terça, 30 Abril 2024

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