Terça, 14 Mai 2024

Posição firme

A entrevista do governador Renato Casagrande ao Valor Econômico promete repercutir no cenário da eleição do próximo ano na disputa à Presidência da República. Isto porque a declaração de que o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, não tem musculatura para disputar a eleição presidencial ainda, sai da cúpula socialista.



Não que a falta de apoio dos irmãos cearenses Cid e Ciro Gomes não tenha repercussão nacional, mas Casagrande é secretário-geral do partido e considerado um dos membros mais próximos de Campos dentro do PSB. Por isso, a posição firme do governador capixaba na defesa da aliança histórica com o PT e o compromisso com a base da presidente Dilma Rousseff pode se tornar um divisor de águas nas articulações nacionais para a reeleição da petista.



A repercussão deve ser maior dentro do PT Nacional, que não via Casagrande como um indutor de votos confiável para a presidente Dilma no Espírito Santo, devido à sua postura de afastamento do segundo turno da eleição presidencial em 2010.



Casagrande demonstrou sua lealdade às alianças em vigor e deixou transparecer que a candidatura de seu correligionário, independentemente do resultado da disputa do próximo ano, causa estragos para essa aliança histórica do partido, prejuízos esses que afetarão a construção de seu palanque de unanimidade no Estado.



Ainda mais porque além de colocar o nome como provável candidato a presidente, Eduardo Campos vem se aproximando da oposição, sobretudo, do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (MG).



Foi justamente pela possibilidade de Campos e a identidade socialista de Casagrande, que ganhou força nos meios políticos o palanque alternativo do senador Magno Malta (PR), que oferece um palanque dedicado e seguro à presidente Dilma Rousseff no Espírito Santo.



Se a declaração de Casagrande será suficiente para manter unida sua trinca partidária PSB-PT e PMDB no Estado ainda é cedo para dizer, já que há também interesses de seus aliados locais envolvidos na discussão, mas que ela deve trazer um novo elemento para a discussão da composição nacional, isso trará.



Fragmentos:



1 – O posicionamento de Marina Silva em defesa do deputado Marcos Feliciano (PSC) pode trazer prejuízos para a captação de assinaturas para a criação da Rede.  



2 – Isso porque boa parte dos apoiadores da Rede, que se apresenta como um partido bem avançado nos debates sociais, tem uma visão muito crítica ao deputado que já demonstrou pelas redes sociais posicionamentos homofóbicos e racistas.



3 – Como vai ficar o PSDB no palanque do governador Renato Casagrande depois dessa declaração de apoio à aliança com PT, da presidente Dilma Rousseff e o PMDB?

 

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