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Relação conturbada

Para tentar colocar o rótulo de mal agradecido no ex-senador Gerson Camata (PMDB), Lelo Coimbra, presidente do PMDB e aliado do ex-governador Hartung, se diz incrédulo, em entrevista ao jornal A Tribuna, porque sempre houve uma relação muito boa entre os dois; e chega a ser deselegante com Camata, dizendo que espera uma postura “distinta” do ex-senador. 
 
Dizer que a relação de Camata e Hartung azedou depois que Camata se aproximou de Ricardo Ferraço (PMDB) é brincadeira. Não há que se falar em gratidão do ex-senador para com o ex-governador, afinal, a história mostra que Hartung deve mais à Camata do que vice-versa. 
 
Para sustentar a tese de que o ex-senador tem dívida de gratidão com Hartung, recorre-se ao fato de a esposa dele, a ex-deputada federal Rita Camata, ter assumido uma secretaria do governo de Hartung. Quanto ao fato de que o senador “deve” o último mandato ao ex-governador, chega a ser ofensivo.
 
Mas para tirar a prova dos nove, é preciso recordar o passado. Quando Camata disputou o governo do Estado em 1982, Paulo Hartung tinha 25 anos e era um dos candidatos do PMDB do Estado para a disputa à Assembleia Legislativa. Recebeu naquele momento o apoio do então candidato ao governo e da primeira dama, Rita Camata, candidata à deputada federal, que fez campanha casada com Hartung.
 
Aí, todos eleitos, vem a roda do tempo e as contas do governador Gerson Camata, com parecer pela aprovação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) vai para a avaliação da Assembleia, uma mera formalidade. Como em se tratando de Assembleia todo cuidado sempre foi pouco, o governador movimenta seus pauzinhos para que o relator da matéria seja o até então aliado, Paulo Hartung. Consegue e, para sua surpresa, o deputado estadual apresenta parecer pela…rejeição. 
 
Camata, que é conhecido nos meios políticos pelo perfil pacato, anos mais tarde, mais precisamente em 2005, abona a ficha de filiação de Paulo Hartung no PMDB. Depois disso, a grife Camata minguou politicamente, embora ainda seja muito forte no interior. Então, Camata tem o quê a agradecer a Paulo Hartung?
 
 
Fragmentos:
 
1 – O ex-senador Gerson Camata é tido nos meios políticos como uma figura tão dócil, que para uma raposa política, ele deve ter comido uma picanha para falar o que falou sobre o ex-governador Paulo Hartung.
 
2 – Quem tem aparecido bastante com a movimentação do PT capixaba para a eleição deste ano é o vice-presidente do partido, José Carlos Nunes. Suas declarações, porém, não representam a maioria.
 
3 – Opinião de descontentes com a união PT e PMDB: “Tudo indica que acontecerá o pior”. A referência é a aliança com Hartung, que no passado disse que destruiria o PT no Estado. 

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