Sexta, 03 Mai 2024

Estado lidera o ranking nacional de assassinatos de mulheres jovens

O Espírito Santo mais uma vez se mantém no topo do ranking do homicídio geral de mulheres e de mulheres jovens, mesmo reduzindo em poucos pontos a taxa de mortes violentas entre 2009 – ano de pico de mortes – e 2011. É o que aponta o Mapa da Violência 2013 – Homicídios e Juventude no Brasil. 
 
O Mapa da Violência aponta que no ano de 2011, usado como base para o estudo, a taxa de mortes violentas de mulheres ficou em 9,2 mortes por grupo de 100 mil mulheres. No entanto, é entre as mulheres jovens – com idade entre 15 e 24 – que a taxa é maior, de 21,4 por 100 mil, quase o dobro de Alagoas, o segundo do ranking, com 13,3 homicídios de mulheres jovens por 100 mil. 
 
O Espírito Santo – estado mais violento para mulheres do País – teve em 2011 uma taxa de 9,2 vítimas de homicídio por 100 mil mulheres. Já no de menor índice, no Piauí, essa taxa foi de 2,6. Portanto, a taxa do Estado resulta perto de quatro vezes maior que a do Piauí. 
 
A violência contra a mulher em todo o País não se dá primordialmente pelo envolvimento em atividades ilícitas, como o tráfico de drogas. O Mapa utiliza registros dos atendimentos por violência do Sistema Único de Saúde (SUS) para mostrar que do total de atendimentos em 2011, 71,8% das agressões ocorreram no domicílio da vítima; em 43,3% dos casos o agressor foi parceiro ou ex da vítima; em 19,8% dos casos os agressores são os pais; e em 7,5% são os irmãos ou filhos. 
 
A taxa de homicídios de mulheres jovens no Estado não caiu entre 2001 e 2011, pelo contrário, vem oscilando a cada ano, sem apresentar queda consolidada. Em 2001 a taxa era de 10,2 homicídios de mulheres jovens por grupo de 100 mil, já em 2011 esteve em 21,4. A taxa média da década é de 17,4 mortes por 100 mil. 
 
O Mapa aponta que Vitória é a capital mais violenta para mulheres jovens do País, com taxa de 40,9 mortes por 100 mil, quase o dobro de Maceió, que registrou 23,2 em 2011, ficando em segundo lugar. Entre o total de mulheres a Capital está no quarto lugar, com taxa de 10,2 mortes violentas de mulheres por grupo de 100 mil. 

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