Domingo, 05 Mai 2024

Mateenses voltam a reclamar do serviço de limpeza no município

Mateenses voltam a reclamar do serviço de limpeza no município

Mesmo após o anúncio da regularização do recolhimento de lixo no município, a população de São Mateus (norte do Estado) segue criticando os serviços da empresa RT Empreendimentos, contratada pela administração de Amadeu Boroto (PSB) por dispensa de licitação e com a inscrição estadual suspensa. A empresa também está sendo alvo de questionamentos em Colatina, noroeste do Estado, onde deve ser aberta uma CPI para investigar a contratação da empresa.



A Associação de Moradores dos Bairros Beira Rio e Santa Inês (Ambrisi) publicou em sua página no Facebook, nessa segunda-feira (25), fotos que registraram uma grande quantidade de lixo e entulho nas ruas dos bairros Cricaré e Santa Inês. A entidade alega que a situação permanece igual há mais de três meses, cenas que também foram registradas em outros pontos do município logo após a contratação emergencial da empresa.



No site da prefeitura, a manchete principal garante as rotas de recolhimento de lixo foram definidas e os serviços normalizados. Entretanto, os moradores alegam o descaso da administração municipal com os munícipes. Logo após as primeiras denúncias, a prefeitura chegou a admitir falhas na prestação do serviço e pediu a “compreensão dos moradores neste momento de transição”, já que o contrato da antiga detentora dos serviços (Urbservice) havia sido encerrado.



Apesar das polêmicas em torno da contratação, o município manteve o acordo com a RT Empreendimentos no valor de R$ 2,06 milhões com vigência de apenas 60 dias. Na época da assinatura do contrato emergencial, no início deste mês, a empresa era considerada como “não habilitada” em consulta ao Sintegra – cadastro dos contribuintes, mantido pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).



Contratação gera pedido de CPI em Colatina



Além disso, a mesma empresa também figura no centro de uma disputa judicial onde é discutida a sua contratação pela Prefeitura de Colatina, localizada na mesma região do Estado. Apesar de ter sido considerado pela Justiça como uma “empresa ilegitimada” para participar da licitação, o prefeito Leonardo Deptulski (PT) desembolsou mais de R$ 2,1 milhões à empresa.



Por conta desse acordo, o petista deve enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta na Câmara de Vereadores. O pedido de abertura das investigações foi protocolado nessa segunda-feira por cinco dos onze vereadores do município. Eles alegam que o prefeito autorizou a contratação da empresa mesmo com liminar do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) que determinava a não contratação da empresa. Essa liminar foi ratificada mais tarde pelo colegiado da 1ª Câmara Cível do Tribunal.



A instalação da CPI do Lixo depende do posicionamento do presidente da Câmara, vereador Olmir Castiglioni (PSDB), que leu o pedido na sessão do mesmo dia. A partir de agora, a abertura das investigações vai depender da análise dos procuradores da Casa que vão examinar se o documento está dentro dos critérios exigidos. Procurado pelos veículos de imprensa locais, a prefeitura de Colatina não quis se manifestar sobre a instauração da comissão.

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