Terça, 14 Mai 2024

Procurador de Contas conclui parecer sobre penduricalhos no Ministério Público Estadual

Procurador de Contas conclui parecer sobre penduricalhos no Ministério Público Estadual

Depois mais de um ano de espera, o Ministério Público Especial de Contas (MPC) concluiu o parecer sobre a legalidade no pagamento dos chamados penduricalhos legais aos membros do Ministério Público Estadual (MPES) em 2005. No entanto, o texto do procurador de Contas, Heron Carlos Gomes de Oliveira, continua envolto em mistério devido ao recesso de fim de ano. O processo iniciado em 2006, será novamente julgado pelo plenário do Tribunal de Contas do Estado (TCE). 



De acordo com informações do tribunal, o parecer foi concluído no último dia 12, porém, os autos do processo (TC 1574/2006) continuam em poder do MPC. O caso aguarda a manifestação do órgão desde o dia 22 de novembro do ano passado. Desde então, o processo ficou quase um ano com o procurador, que tomou posse no cargo no dia 13 de dezembro daquele ano. 



Em outubro deste ano, o procurador de Contas afirmou que iria entregar o parecer até o final daquele mês. Entretanto, a conclusão do texto ocorreu quase dois meses depois. Na época, Heron de Oliveira justificou a demora em função da complexidade do processo, que possui mais de 23 volumes – aproximadamente cinco mil páginas. Ele explicou que leu todos os documentos dos autos e que o texto do relatório ultrapassava 30 páginas. 



Em função do recesso administrativo de fim de ano, as atividades do TCE estão suspensas até o próximo dia 6 de janeiro, quando o parecer deverá ser distribuído ao novo relator do processo – que foi relatado inicialmente pelo conselheiro Mário Alves Moreira, aposentado desde o ano de 2008. 



A expectativa é de que o novo relator seja o conselheiro Sérgio Aboudib Ferreira Pinto, substituto legal do Sebastião Carlos Ranna, impedido de participar do julgamento por presidir o órgão, de acordo com informações do tribunal. Entretanto, um outro conselheiro pode ser escolhido como relator, já que o nome de Aboudib consta no polêmico processo. 



Na época do repasses, o conselheiro Aboudib - então secretário-chefe da Casa Civil do governo estadual - participou das negociações para a liberação de verbas públicas ao Ministério Público. A possibilidade de participação de Aboudib é um dos pontos aguardados no parecer do procurador de Contas, que admitiu a análise da suposta vedação da participação do conselheiro.



Os repasses questionados fazem parte da restituição do Imposto de Renda supostamente recolhido após o pagamento de diferença do abono variável em função de mudanças na remuneração entre janeiro de 1998 e maio de 2002. Os pagamentos a 331 membros da instituição entre ativos, aposentados e até exonerados totalizaram R$ 43,68 milhões, apenas a título de diferenças. 



Dos atuais 315 membros ativos da instituição, pouco mais de 200 tiverem acesso aos benefícios que ainda não foram considerados legais pelos conselheiros. O processo foi a julgamento em março de 2008, quando o então relator, conselheiro Mário Alves Moreira, entendeu que os repasses eram irregulares. Após um intenso debate entre os conselheiros da época, o caso foi retirado de pauta para a realização de novas diligências.

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