Sexta, 17 Mai 2024

Governo do Estado anuncia início do monitoramento das PM 2,5 na Grande Vitória

Governo do Estado anuncia início do monitoramento das PM 2,5 na Grande Vitória
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) divulgou nesta quarta-feira (18) que o monitoramento das Partículas Respiráveis (PM 2,5), as partículas mais finas e mais nocivas à saúde humana, começou a ser feito na última semana pela Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar (RAMQAR), conforme prevê o Decreto Estadual da Qualidade do Ar (Decreto nº 3463-R, de 16 de dezembro de 2013).



De acordo com o Iema, os monitores das PM 2,5 estão instalados nas estações automáticas da Enseada do Suá, em Vitória, desde a última sexta-feira (13), e do Ibes, em Vila Velha, desde o domingo (15). 
 
O órgão informa ainda que a instalação dos medidores foi feita em parceria com a Vale e a ArcelorMittal, responsáveis pelas emissões de poluentes, dentre eles o material particulado, no ar da Grande Vitória. Assim como ocorreu nas demais estações que monitoram a qualidade do ar na região, ao todo oito.
 
Como também prevê o decreto, o Plano Estratégico da Qualidade do Ar (PEQAr) deverá ser apresentado pela Seama em até um ano após a publicação do decreto, ou seja, em dezembro deste ano. Desta forma, apenas seis meses de resultados das medições das PM 2,5 servirão de base para o estabelecimento das metas intermediárias e final, ou para que sejam confirmadas as metas anteriormente sugeridas com base nas constatações do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) Respira Vitória.



Na nova legislação, as PM 2,5 não possuem meta inicial (MI 1) e têm estabelecidos outros padrões intermediários e final que “poderão sofrer ajustes após a análise da série histórica de medições, a partir da implantação dos monitores contínuos deste poluente”. 
 
As PM 2,5 são as partículas de menor diâmetro que, por conta dessa característica, adentram as vias aéreas e os sistemas respiratório e cardiovascular com facilidade, podendo causar inflamações, reações alérgicas e até doenças crônicas nos órgãos desses aparelhos. Pesquisas apontam uma relação diretamente proporcional entre o aumento das PM 2,5 e os atendimentos ambulatoriais e internações por asma e outras doenças respiratórias. Os grupos mais suscetíveis aos incômodos e doenças gerados pela poluição do ar são crianças, idosos e indivíduos com doenças do aparelho respiratório e cardiovascular.



Divulgado no final de maio, o Primeiro Diagnóstico da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar no Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente, apontou a vulnerabilidade dos monitoramentos realizados nos estados brasileiros, destacando o caso do Espírito Santo, onde as redes da qualidade do ar são terceirizadas para empresas privadas, assim como acontece nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.



O estudo registra que o monitoramento registrado no Estado entre os anos de 2000 e 2005 foi custeado pelas duas empresas de maior potencial poluidor da Grande Vitória, Vale e ArcelorMittal. Depois, os investimentos passaram a ser rateados também pelo governo. Das oito estações existentes, todas na Grande Vitória, apenas duas medem os sete tipos de poluentes avaliados no Estado, exatamente as da Enseada do Suá, em Vitória, e do Ibes, em Vila Velha, que passarão agora a monitorar as PM 2,5.
 
O anúncio oficial do governo do Estado, nesta quarta, ocorre dois dias após o prazo estabelecido no decreto estadual e um dia após o grupo SOS Espírito Santo Ambiental protocolar requerimento na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama) e no Insituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), cobrando o início do monitoramento das partículas PM 2,5.

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