Adesão da bancada tucana a Luciano Rezende prejudica projeto do PSDB
A crise no PSDB deixa transparecer o interesse de grupos diferentes dentro do partido. Enquanto os vereadores Luiz Emanuel Zouain e Neuzinha Oliveira traçaram uma estratégia de aproximação com a gestão do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), o ex-prefeito e principal estrela do partido, Luiz Paulo Vellozo Lucas, sinaliza um movimento contrário.
A ideia do grupo do ex-prefeito é manter o afastamento tucano, sem partir para uma oposição a qualquer custo, enquanto mantém Luiz Paulo no mercado político. Assim ele conseguira se credenciar para uma nova disputa contra Luciano Rezende (PPS), em 2016.
Daí o clima de rejeição dentro do partido à aproximação da bancada tucana da base do governo do PPS, já que Luiz Paulo saiu derrotado na disputa de segundo turno contra o Luciano Rezende. Mesmo sendo considerado favorito na disputa de outubro passado, Luiz Paulo não conseguiu derrotar o popular-socialista. Uma derrota que ainda não foi completamente assimilada pelo PSDB.
Eleito com o discurso da mudança, o prefeito quer imprimir uma marca forte e garantir uma aprovação popular suficiente para pavimentar seu projeto de reeleição. Os tucanos esperam que isso não aconteça e qualquer deslize na gestão de Rezende pode favorecer uma candidatura forte de Luiz Paulo, outro motivo que justifica a oposição ao governo do PPS.
Já o vereador Luiz Emanuel teria planos mais próximos. A disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa seria o motivo da aproximação com a gestão municipal. Mas para o grupo de Luiz Paulo, a disputa do próximo ano não é mais importante que o projeto a longo prazo do partido. O PSDB tem como principal vitrine política a prefeitura de Vitória e, por isso, a intenção de intensificar os esforços na construção de um palanque forte para retomar a gestão da Capital.
A movimentação do PSDB para o próximo ano inclui uma chapa forte de candidaturas a deputado federal, que apostaria também no nome de Luiz Paulo Vellozo Lucas para integrar a chapa, que teria ainda o deputado César Colnago e Max Filho. O problema é que nem todas as lideranças querem disputar a chapa federal, ainda mais com as restrições das novas regras.
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