Afastamento político de Luciano Rezende e Hartung influi na crise tucana
Além das questões regimentais que envolvem a validade da convenção do ninho tucano de Vitória do último dia 16 de março, os comentários de bastidores apontam para o processo político que envolve o comando do diretório da Capital.
Oriundos do mesmo sistema político, comandado pelo ex-governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), os caciques tucanos Luiz Paulo Vellozo Lucas e César Colnago têm um problema sério para resolver, que envolveria, inclusive, a dívidas de campanha da eleição municipal de 2012.
A candidatura de Luiz Paulo, que foi derrotada por Luciano Rezende (PPS) em outubro do ano passado, teria gerado uma dívida de R$ 4 milhões, que os tucanos esperavam que fosse saldada com o sistema político de Hartung, que apoiou a candidatura do tucano.
Essa discussão abriria o caminho para um possível retorno do ex-governador ao ninho tucano. Essa estratégia garantiria a recolocação do partido no jogo político do Estado, fortalecendo-o depois dos desgastes eleitorais dos últimos pleitos. Como Hartung é um candidato em potencial para o Senado ou até mesmo para o governo do Estado, o partido sairia fortalecido e o ex-governador retornaria ao seu antigo lar político.
Mas ao se aproximar de Luciano Rezende, do antigo aliado político, o PPS, o vereador Luiz Emanuel Zouain, que comanda o diretório da Capital e fez o sucessor na municipal, fechou a porta para o ex-governador. Isso porque, Luciano Rezende vem se afastando gradativamente do grupo político de Paulo Hartung.
Até esta sexta-feira (5), o presidente regional do PSDB, deputado César Colnago deve decidir se mantém a convenção da municipal ou se determina intervenção no diretório. Dentro do partido, a militância tucana não vê com bons olhos aproximação do comando do partido com o grupo do ex-governador, mas tanto Luiz Paulo quanto Colnago perseveram a unanimidade.
No próximo dia 20 de abril, o partido vai realizar convenção estadual e estará em jogo a recondução de Colnago ao comando do PSDB no Estado. Para isso, ele precisa primeiro acalmar as bases e resolver o imbróglio do diretório de Vitória.
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