Sexta, 17 Mai 2024

Além da Derrama, processos na Justiça podem 'sujar' a ficha de Ferraço

Além da Derrama, processos na Justiça podem 'sujar' a ficha de Ferraço

Na véspera da eleição da Mesa Diretora da Assembleia, a reeleição de Theodorico Ferraço (DEM) já é ponto pacificado no plenário. Para o deputado, a recondução ao cargo lhe dá uma segurança a mais diante das ameaças ao seu futuro político. Isso porque, além da Derrama, Ferraço tem processos que se acumulam no Tribunal de Justiça que podem sujar sua ficha para eleições futuras.



O deputado estadual tem processos tramitando na segunda instância e a Emenda 85, que evita que juízes de primeiro grau julguem ex-prefeitos e deputados, não protege Ferraço dos desfechos de seus processos. E pior, como a decisão é colegiada no Tribunal, o deputado fica com a ficha suja.



Para os meios políticos, esse ponto causa preocupação, já que os processos são muitos e Ferraço tem dois anos de mandato pela frente, a probabilidade de um deles entrar em julgamento é grande. Isso se o processo proveniente da  Operação Derrama não complicar a vida do deputado mais ainda.



Os processos se vierem a ser julgados e Ferraço condenado, a presidência da Assembleia se torna um último nicho para o parlamentar. A condenação suspende os direitos políticos, mas não determina a cassação do mandato, por isso, Ferraço se agarraria ao mandato até o fim.



Se conseguir sair sem arranhões desses processos, o que nos meios políticos é considerado muito difícil não deve se afastar da política tão cedo. Mas terá dois anos para conseguir recuperar seu prestígio político.



As últimas derrotas eleitorais na disputa de 2008, em Cachoeiro de Itapemirim, e o desempenho de seus aliados na disputa do ano passado, aliado ao escândalo deflagrado pela Derrama, prejudicam a situação política de Ferraço.



A eleição para a Mesa Diretora será nesta sexta-feira (1) e os deputados entraram em acordo em favor da candidatura única de Ferraço para a presidência da Casa. A definição da recondução do presidente foi decidida antes do recesso e as discussões perpassaram 2012.



Primeiro, Ferraço conseguiu emplacar a PEC da reeleição. Esse processo causou atritos entre o Legislativo e o Executivo e foi retomado apenas depois das eleições municipais.



Com a reeleição garantida, os deputados seguiram para o recesso, mas foram surpreendidos pela Operação Derrama, que abalou a candidatura do presidente, mas como a Casa não tinha alternativa para o nome de Ferraço, acabou permanecendo o acordo anterior ao escândalo.

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