Segunda, 06 Mai 2024

Aparências, nada mais

Enquanto o período de campanha não começa para valer, os dois palanques colocados - do governador Renato Casagrande (PSB) e do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) - até o momento para a disputa do governo do Estado trabalham uma estratégia visual muito importante na briga pelo fortalecimento de suas candidaturas. 
 
Enquanto Casagrande mostra um volume de apoios muito grande que exalta força política, Hartung busca uma tática já conhecida de seu grupo de abafamento com pesquisas do mercado político. 
 
As duas estratégias criam cenários artificiais de embate de forças políticas tentando ganhar pela projeção de suas imagens, ao mesmo tempo em que procuram diminuir a força política do adversário. Uma briga de aparências, de intimidação, que deixa a classe política confusa sobre o real tamanho das candidaturas postas. 
 
Hartung tenta mostrar que mesmo estando quase quatro anos sem mandato ainda é superior em prestígio político, mesmo estando dentro do gabinete, fora das ruas, cria a impressão que tem o processo eleitoral na mão, com vantagem sobre o sucessor.
 
Esse cenário é criado por meio das sucessivas pesquisas eleitorais que vem sendo divulgadas ou não, nos últimos dias, bombardeando as lideranças com os números favoráveis ao seu palanque. O problema é o resultado das últimas eleições no Estado, colocaram em xeque a credibilidade de pesquisas eleitorais no Espírito Santo. Então, até que ponto a classe política está sendo convencida sobre o tamanho eleitoral de Hartung, se nas ruas o termômetro aponta outra temperatura?
 
Casagrande põe prefeito, deputado, partido, vereador, liderança de bairro, todo mundo em seu palanque. Falta espaço para acomodar tanta gente. Quer mostrar que a saída do PT e do PMDB da unanimidade não esvaziou seu prestígio político. Busca influenciar os transmissores de votos nas bases para garantir o apoio do maior número de lideranças possíveis. Mas até que ponto a declaração de apoio hoje vai se reverter em voto nas urnas em outubro? 
 
São questões que rondam as cabeças das lideranças políticas do Estado, em meio a uma briga que hoje é só fumaça. Muita gente vai esperar o chão se firmar para depois pisar. Até porque, não se sabe sequer se esses dois palanques existirão mesmo. 
 
Fragmentos:
 
1 – Vai ser muito difícil o ex-prefeito e Colatina, noroeste do Estado, Guerino Balestrassi manter sua candidatura dentro do PSDB. A base reclama e a cúpula não consegue mais segurar.
 
2 – A situação apertou com o posicionamento do presidente do partido no Estado, deputado federal César Colnago, que defendia a candidatura própria, sinalizar que a canoa está fazendo água.
 
3 – Aliás, desde que deixou a prefeitura em 2008, Guerino Balestrassi não tem acertado na escolha de um caminho político. Tentou ser senador em 2010 e não conseguiu, agora tentou ser governador e pelo jeito não vai conseguir. Talvez seja o caso de tentar algo menos audacioso, como deputado federal ou estadual.

Veja mais notícias sobre Política.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Segunda, 06 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/