Após 150 dias de gestão, prefeito de Cariacica ainda reclama de antecessor
Passados 150 dias do início das novas gestões municipais, o prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho (MD), insiste em um discurso que já foi abandonado pelos demais prefeitos que tomaram posse em janeiro. Nos primeiros dias das gestões, a maioria reclamou da falta de recursos em caixa e da desorganização das administrações deixadas pelos antecessores.
O discurso, porém, já não convence mais a população dos municípios, pois as gestões já se aproximam do fim do primeiro semestre. Ao jornal A Tribuna desta terça-feira (28), o prefeito justificou as mudanças que vêm realizando no primeiro e segundo escalões de sua gestão ao que chamou de “fardo pesadíssimo” recebido de seu antecessor, o atual secretário de Ação Social e Direitos Humanos do governo do Estado, Helder Salomão (PT).
Mas, para os meios políticos, a justificativa de Juninho não convence. Primeiro porque o atual prefeito foi integrante da gestão anterior. Ele era vice-prefeito de Helder. É verdade que as desavenças entre os dois afastaram Juninho da gestão do petista, mas a gestão do ex-prefeito, único a ser reeleito na história recente de Cariacica, trouxe avanços para a cidade como o aumento da arrecadação, que triplicou durante sua passagem pela prefeitura.
Entre as gestões que terminaram em dezembro do ano passado, a de Cariacica foi considerada nos meios políticos como a menos problemática. A leitura que se faz no município é que Juninho não encontrou em seu arco de alianças quadros identificados com a cidade e tenham condições de responder pelas pastas.
Para a classe política do município, as movimentações na prefeitura têm causado uma instabilidade política que pode prejudicar não só a administração de Juninho, mas também seu capital político. O prefeito tem se movimentado politicamente de forma intensa, mas tem deixado a desejar na gestão propriamente dita, o que tem aberto uma brecha para os possíveis adversários políticos, que, em campo, começam a acionar a central de boatos.
A impressão da classe política de Cariacica é de que se Juninho não implementar uma aceleração na gestão, poderá encontrar problemas para a reeleição em 2016, quando poderá encontrar pela frente o próprio Helder Salomão.
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