Candidatura de Malta ao governo é 'quase' irreversível
Depois do encontro do senador Magno Malta (PR) com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, os meios políticos do Estado passaram a entender a candidatura do republicano ao governo, na eleição do próximo ano, como irreversível. Malta vem protelando o anúncio de seu nome no processo, mas a postura seria apenas estratégica.
Para a presidente Dilma Rousseff, a oferta do palanque de Malta para construir o espaço para que a presidente possa disputar a reeleição no Estado funcionaria como uma estratégia de garantia. O governador Renato Casagrande (PSB) tenta ainda convencer a cúpula petista de sua intenção em manter neutralidade no processo presidencial.
Mas com a expectativa de que a eleição presidencial seja acirrada, dando projeção aos votos nos colégios eleitorais de menor densidade eleitoral, como é o caso do Espírito Santo, o palanque de neutralidade não seria interessante para a presidente, até porque o governador capixaba tem identidade partidária com o presidenciável socialista, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que por sua vez tem o apoio da ex-senadora Marina Silva, que venceu a eleição no primeiro turno de 2010 em Vila Velha e Vitória, e deve formar chapa com o pernambucano.
O PMDB também oferece palanque para Dilma e a tendência é de que o PT do Estado repita a aliança nacional com o partido, para isolar o PSB. O problema é que há inconsistências na promessa de dedicação dos candidatos a governador por esse palanque.
O senador Ricardo Ferraço tem postura crítica ao governo federal no Senado, e o ex-governador Paulo Hartung tem histórico de abandonos dos palanques presidenciais petistas nas disputas passadas.
Para o senador Magno Malta, a conversa com Dilma reforça a inevitabilidade de sua candidatura ao governo no próximo ano. Interlocutores ligados ao senador republicano afirmam que apesar de sua postura protelatória, ele deve mesmo disputar a eleição e que a movimentação de evitar fechar questão é estratégica.
O momento seria de observação dos movimentos, tanto do governador Casagrande quanto do ex-governador Paulo Hartung. Caso haja uma acomodação entre os dois, Malta teria um palanque adversário. Se prevalecer os dois palanques, a estratégia é outra.
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