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Decisão de André Mendonça deverá impactar rumos partidários no Estado

Siglas aguardam resposta do ministro do TSE sobre mudança em federação

Carlos Moura/STF

O ministro André Mendonça, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prometeu dar uma resposta em até 30 dias sobre a possibilidade de mudanças nas federações partidárias, após consulta feita por representantes do Podemos e do Solidariedade – conforme noticiado pela imprensa nacional nessa quarta-feira (5). O que está em jogo é uma possível aliança das duas siglas com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), atualmente federado com o Cidadania.

O Cidadania já manifestou o desejo pela não renovação da federação, alegando que a parceria resultou em prejuízos ao partido, e agora aguarda o ministro dizer se o vínculo até 2026 pode ser encerrado antes do tempo.

No Espírito Santo, o partido presenciou uma debandada em 2024. A saída mais notada foi a do deputado estadual Fabrício Gandini (atualmente no PSD), que disputava em 2024 com Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) a vaga como candidato a prefeito da federação – como se sabe, Gandini trocou de partido mas também não se candidatou.

Do lado dos tucanos, nas últimas semanas, estava em discussão uma fusão com o Podemos, que, no Espírito Santo, poderia gerar um partido bastante poderoso. Aos 11 prefeitos e três deputados estaduais se juntariam mais quatro prefeitos e dois deputados, formando a maior bancada da Assembleia Legislativa (Ales) – caso os parlamentares não migrassem para outras siglas.

Entretanto, de acordo com o noticiário nacional, a tendência mais provável atualmente é de formação de uma federação partidária entre PSDB, Podemos e Solidariedade, muito por conta da resistência de caciques tucanos a uma diluição da sigla. No Espírito Santo, isso poderia dar sobrevida a figuras como Luiz Paulo, hoje com menos peso político do que no passado.

De qualquer forma, o Podemos, hoje sob a liderança no Espírito Santo do deputado federal Gilson Daniel, continuaria com mais força dentro da eventual aliança. O Solidariedade ficaria como o parceiro de menor expressão.

No ano passado, o presidente da Ales, Marcelo Santos, tentou tomar o controle do diretório capixaba do Solidariedade. Cleveland Fraga Venancio, o Clevinho, servidor da Assembleia e aliado do presidente da Casa, foi colocado como presidente estadual da sigla, mas a Direção Nacional interveio e o retirou do cargo. Ainda hoje, o partido está sob a intervenção de Luiz Antonio Adriano, secretário-geral do Solidariedade no país.

Para o Cidadania, as alternativas colocadas incluem se incorporar a outro partido ou tentar sobreviver participando de uma nova federação – uma possível aliança com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) é especulada. Nas eleições de 2024, uma de suas únicas conquistas do Cidadania foi a reeleição do prefeito Paulo Cola em Piúma, no litoral sul do Estado. Luciano Rezende, presidente estadual da sigla, tem se mostrado distante das articulações políticas.

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