Terça, 30 Abril 2024

Mesa Diretora não deve cumprir acordo com manifestantes

Mesa Diretora não deve cumprir acordo com manifestantes
No oitavo dia de ocupação da Assembleia Legislativa o clima é tenso entre os manifestantes. A sensação é de que os membros da Mesa Diretora da Assembleia tendem a sucumbir à pressão palaciana para derrubar o projeto de decreto legislativo, que propõe o fim da cobrança do pedágio na Terceira Ponte. 
 
Os manifestantes vão para mais uma rodada de negociação com a Mesa Diretora, mas a tendência é de que se houver a votação do projeto nesta quarta-feira (10), como está previsto, os deputados vão rejeitar o projeto. Outra possibilidade é de haver nova obstrução e empurrar a discussão para depois do recesso parlamentar, que começa na próxima semana. 
 
Nos bastidores, o entendimento foi de que o grupo abriu precedente para a Assembleia não cumprir o acordo ao aceitar a proposta da Mesa Diretora para deixar o gabinete da presidência da Casa como condição para dar celeridade à votação. Os manifestantes que ocupavam o gabinete desde a terça-feira (2), cumpriram a parte deles no acordo e migraram para o restaurante da Assembleia.  
 
Embora os 15 deputados governistas não tivessem levantado questionamentos sobre a legalidade do projeto quando votaram sua urgência, na última segunda-feira (1), o grupo sucumbiu à pressão do governo do Estado. Nessa segunda (8), o grupo se reuniu em um hotel de Vitória para fechar questão sobre a ocupação da Assembleia e a votação do projeto. Eles saíram do encontro como uma carta, entregue ao presidente da Mesa Diretora, deputado Theodorico Ferraço (DEM). No documento eles condicionam a votação à desocupação imediata do prédio do legislativo estadual. 
 
Os deputados agora defendem que a votação só poderá ocorrer se houver desocupação do prédio, o que vem aumentando entre os manifestantes a preocupação de uma ação mais truculenta para retirá-los da Assembleia. Por isso, o impasse é grande. 
 
Uma manifestação está sendo programada para apoiar a ocupação, pela manhã, durante a sessão desta quarta-feira (10), mas as conversas com os deputados nas próximas horas podem definir os rumos do movimento.

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