Quinta, 02 Mai 2024

PDT também vai reivindicar espaço no palanque de Casagrande

PDT também vai reivindicar espaço no palanque de Casagrande

No início da semana, o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT) anunciou que ao aceitar o cargo especial no Ministério do Trabalho vai deixar em maio a presidência do PDT no Estado. As leituras do mercado político sobre o fato começaram a se multiplicar e para os interlocutores seu sucessor no partido não deve ter um perfil muito distante do que Vidigal tinha para comandar a sigla.



Para alguns aliados, a saída do presidente do partido pode ser estratégica para que o PDT possa cobrar uma participação de maior destaque no palanque e no segundo mandato do governador Renato Casagrande. O partido vem embalado pela reaproximação da presidente Dilma Rousseff com a nacional, tentando evitar a candidatura do senador Cristovam Buarque (DF) a presidente no próximo ano.



A aproximação da nacional e a ida de Vidigal para o governo federal reforçam a sigla no Estado e a credenciam a exigir um espaço maior no governo Casagrande. O PDT foi um dos principais partidos no palanque de Casagrande em 2010, mas se sentiu preterido na divisão dos espaços no governo, depois da eleição.



O partido, porém, tem numericamente uma vantagem para negociar com o palanque palaciano. Com três deputados federais e quatro estaduais, o PDT tem tamanho, embora suas lideranças não tenham unidade de discurso, o que facilitaria a cobrança. A única liderança em condições de se sentar à mesa de negociação com um discurso em nome do PDT continua sendo Vidigal.



Mas o partido precisava resolver um problema. Vidigal saiu magoado com o governo do Estado após a eleição de outubro passado, quando perdeu a prefeitura da Serra, menina dos olhos da gestão pedetista, para o ex-companheiro de partido e agora socialista Audifax Barcelos. O PSB, aliás, apostou todas as fichas na eleição de Audifax e agora a Serra é o município mais importante para o crescimento do PSB no Estado.



Esse episódio estaria dificultando o diálogo entre o presidente do PDT e o governo do Estado, por isso a saída de Vidigal da presidência do partido é estratégica. Fora do comando, ele deve ter influência total na escolha do substituto, que sentará à mesa com o governador para discutir o processo eleitoral em nome do PDT, mas representando os interesses de Vidigal.



PR também pressiona



Além do PDT, outro partido que também saiu descontente com a divisão do bolo de 2010 foi o PR. O partido conseguiu apenas a Secretaria de Esportes, o que fortaleceu Vandinho Leite para a disputa de deputado federal no próximo ano, mas o partido acha pouco.



Depois do Carnaval, o senador Magno Malta, presidente do partido, deve começar a circular o Estado para testar seu potencial eleitoral. A possibilidade de Malta vir a disputar o governo do Estado pode fazer com que o governador Renato Casagrande dê mais atenção ao partido nas negociações do processo eleitoral de 2014.



Os comentários são de que o PR pleiteia a vice na chapa de Renato Casagrande, mas dificilmente o governador vai abrir mão da aliança central com PT e PMDB.

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