Domingo, 05 Mai 2024

Problemas internos dificultam movimentação de lideranças

Problemas internos dificultam movimentação de lideranças

A possibilidade de o deputado estadual José Esmeraldo deixar o PR é mais um sintoma da movimentação interna dos partidos que vêm causando crises por conta da busca de acomodação das suas principais lideranças. No PR, por exemplo, a insatisfação do deputado estadual que já era grande desde o ano passado, quando sua pré-candidatura a prefeito foi retirara a fórceps, aumenta à medida que o vice-prefeito da Capital, Waguinho Ito (PR), ensaia uma candidatura à Assembleia Legislativa no próximo ano.



Outro exemplo de movimentação interna que pode causar um racha partidário é a crise no diretório do PSDB de Vitória, que atinge diretamente as pretensões de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) no processo eleitoral do próximo ano. Caso a situação não seja contornada, Luiz Paulo tende a se aproxima cada vez mais da Rede, outro espaço político que, antes mesmo de se consolidar como partido, já enfrenta cisões internas. 

 
No PDT, a figura de Sérgio Vidigal é o que mantém o grupo unido. No início do ano, o ex-prefeito da Serra sinalizou sua intenção de deixar a presidência do partido, o que causou uma reação imediata dos filiados. Apesar das insatisfações em relação à condução do partido por Vidigal, os pedetistas reconheceram que Vidigal foi o respensável pelo fortalecimento da sigla no Estado e era o único capaz de manter o partido inteiro.
 
O PT é outro partido que vive momentos de grandes embates internos e que deve intensificar as discussões à medida que se aproxima o Processo de Eleição Direta (PED), que definirá quem vai comandar o partido durante a eleição do próximo ano. De um lado está o grupo do prefeito João Coser, que tem vantagem na corrida pela presidência do PT-ES. Se vencer, Coser terá condições de criar dentro do partido condições para sua candidatura ao Senado, passando por cima da senadora Ana Rita Esgario, que seria a aposta mais coerente do partido, já que está no mandato e fazendo um bom trabalho. 
 
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende, que comanda o PPS, também está atento às movimentações do correligionário. O prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho, deixa evidente a sua intenção de tomar o comando do partido. Rezende tem se afastado do grupo do ex-governador Paulo Hartung e Juninho segue na contramão, se mantendo próximo do grupo de Hartung.
 
Essas movimentações acontecem porque durante todo o governo passado houve uma manutenção do sistema de unanimidade política, que garantia aos aliados do ex-governador vantagem na disputa eleitoral. Com o fim do governo e o enfraquecimento desse sistema, as lideranças buscam uma acomodação para a disputa do próximo ano, que será apertada. 

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