Sexta, 17 Mai 2024

PT precisa articular estratégia de retirada do governo Renato Casagrande

PT precisa articular estratégia de retirada do governo Renato Casagrande
Caso se confirme a aliança entre PMDB e PT para a eleição de 2014, o PT terá de traçar uma rota de saída do governo de Renato Casagrande para confirmar o isolamento do PSB no Estado. Não haveria, porém, clima entre as lideranças na equipe do socialista para saídas com bater de portas. Já na Assembleia Legislativa, a bancada petista já parece ter entendido o recado incutido nas articulações do partido. 
 
As relações entre governo e bancada petista estão estremecidas desde meados deste o meio do ano, por conta do posicionamento do partido em relação à polêmica do pedágio da Terceira Ponte. A discussão parecia superada, mas foi retomada com as movimentações nacionais do PT e do grupo do ex-governador Paulo Hartung e do senador Ricardo Ferraço sobre o processo eleitoral de 2014.
 
Neste mês, três episódios marcam o posicionamento mais crítico dos deputados do PT em relação ao Executivo. O pedido de “neutralidade” da deputada Lúcia Dornellas, na eleição de conselheiro do Tribunal de Contas (TCES) foi um deles.
 
Antes disso, a atuação do deputado Rodrigo Coelho, ex-titular da pasta da Assistência Social e Direitos Humanos, na comissão especial que debate a divisão do ICMS no Estado, que colocou foco na discussão sobre incentivos ficais, o que acirrou os ânimos entre prefeitos e governo do Estado. 
 
Nessa quarta-feira (13), foi a vez do deputado Claudio Vereza, líder da bancada na Assembleia, criticar a postura do governo do Estado sobre a discussão do pagamento dos precatórios dos resíduos dos 11.98% dos servidores da Assembleia Legislativa. 
 
Para os membros da equipe de Casagrande, porém, a discussão é mais complicada, pois envolve seus projetos para 2014. Os deputados contam com a vitrine do Legislativo, já os secretários precisam do cargo para construir seus palanques para 2014. 
 
Helder é candidato a deputado federal, conta com um bom eleitorado em Cariacica, mas considerado o peso de uma possível coligação com o PMDB, o ex-prefeito precisaria ampliar sua base.
 
Já o secretário de Turismo, Alexandre Passos pode ter muita dificuldade para a disputa de deputado estadual no próximo ano. Ele conta, porém, com o espaço conseguido por sua corrente partidária na prefeitura de Vitória, que ainda lhe rende um bom campo de apoio, mas não será suficiente para garantir uma vaga na Assembleia em 2014.
 
Outra figura do governo Casagrande que está no jogo eleitoral no ano que vem e que ficará prejudicada com o racha entre PT e PSB é o vice-governador Givaldo Vieira. Cotado para uma votação alta na disputa de deputado federal no próximo ano, ele vem ficando cada vez mais apagado à medida que as articulações do PMDB e do PT avançam. 
 
Como o cargo é de expectativa, e ao contrário dos vices passados não acumulou uma secretaria, pode ficar sem espaço de movimentação para erguer seu palanque. 

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