Quinta, 02 Mai 2024

PT, PSB e PMDB formam o tripé dos palanques de Dilma e Casagrande

PT, PSB e PMDB formam o tripé dos palanques de Dilma e Casagrande

Após acelerar as movimentações para criar condições para um palanque em 2014 à presidência da República, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, pisou no freio e vem desconversando sobre o assunto. Um alívio para o correligionário governador Renato Casagrande, que constrói um palanque de reeleição contando como sustentação o PT e o PMDB.



Tanto em nível nacional, quanto no Estado as posições das peças no palanque mudam, mas deve se manter costuras alinhavadas. No caso da nacional, o PSB ficaria com a vice-presidência e o PMDB pode ganhar o apoio do PT e do PSB para a disputa ao governo de São Paulo.



Já no Espírito Santo, a candidatura à reeleição do socialista Renato Casagrande, em se mantendo esse acordo nacional, estaria garantida com o apoio dos dois partidos. A questão seria o posicionamento dos partidos no palanque do governador.



O PT já se movimenta de forma intensa para construir uma candidatura do ex-prefeito de Vitória João Coser ao Senado com o apoio palaciano. Em 2010, o PT ficou com a vice de Casagrande, que apoiou a candidatura do PMDB ao Senado, com Ricardo Ferraço, e de Magno Malta, pelo PR.



Dessa vez, com o PR fora da disputa, aparentemente a movimentação pode ser diferente. Casagrande apoiaria Coser ao Senado e escolheria um vice do PMDB. Mas é preciso considerar as pretensões políticas do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) para 2014, que também pode influir na movimentação palaciana.



A tendência é de que o PT consiga apaziguar os ânimos com o Campos. Segundo o Valor Econômico desta sexta-feira (15), o governador de Pernambuco, embora negue, ficaria satisfeito com a vice-presidência, o que credenciaria o partido para disputar a sucessão presidencial em 2018.



Mas a costura só dará certo se o PMDB também for contemplado com a costura. Apesar de ter conseguido a presidência da Câmara e do Senado, o partido quer mais cargos no governo e avalia que a pressão exercida pela possibilidade de Eduardo Campos disputar a presidência cria no governo a necessidade de reforçar as alianças com o partido. Mas o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, não nega que o partido vê com simpatia a substituição no palanque presidencial de Michel Temer por Eduardo Campos.



Para o Espírito Santo a movimentação de Campos é importante para definir o palanque estadual, mas para Campos o fortalecimento de Renato Casagrande também tem um grande valor, já que o Espírito Santo foi o único estado fora do Nordeste em que o PSB cresceu consideravelmente na eleição de 2012.



Embora faça parte do governo Dilma e tenha uma boa representatividade no Congresso, o PSB ainda não entrou no rol dos grandes partidos do País. Por isso, a disputa à presidência da República pode ser um passo muito grande para Eduardo Campos. Na semana anterior ao Carnaval, o governador de Pernambuco esteve no Espírito Santo para acompanhar o desfile das escolas de samba. Para os meios políticos, os dois conversaram sobre o assunto e Casagrande pode ter conseguido garantias de que seu palanque não terá alguma parte do tripé abalada pelas ações nacionais. 

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