Ricardo Ferraço terá que ampliar debate no PMDB para disputar o governo

A possibilidade de o senador Ricardo Ferraço ser o candidato do PMDB ao governo do Estado no próximo ano não é uma questão pacificada dentro do partido. Grande parte da bancada peemedebista na Assembleia Legislativa está preocupada com a configuração proporcional que pode sair dessa discussão majoritária.

 

O partido tem hoje sete deputados e ganhará o oitavo caso se confirme a migração do deputado Jamir Malini do PTN para o PMDB. Para consolidar um palanque alternativo para a presidente Dilma Rousseff – proposição que saiu de um almoço com o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Partido, Valdir Raupp, com Ferraço e o ex-governador Paulo Hartung –, o partido tenta atrair o PT, que tem cinco deputados na Assembleia Legislativa. 

 

O mesmo entendimento da bancada é o da deputada federal Rose de Freitas, que entende que o PMDB tem de construir uma candidatura e não impor uma fórmula pronta. 

 

A fórmula como a chapa peemedebista ao governo foi o que levou à reação das lideranças do PMDB. Assim como aconteceu em 2009, quando Ferraço foi levado para o partido pelo ex-governador e em seguida se apresentou como candidato palaciano à sucessão de Hartung, sem uma discussão ampla no partido. 

 

Essa imposição ainda não foi bem digerida pelos peemedebistas históricos, mas o cenário de incerteza para a disputa do próximo ano faz com que grande parte das lideranças entenda que o melhor para o partido é permanecer no palanque do governador Renato Casagrande ao lado do PT do PSB. Nada impede, porém, que o nome de Ricardo possa ser escolhido como candidato do PMDB ao governo, mas, primeiro, ele terá de conquistar as lideranças e dar garantias de que a disputa majoritária não vai prejudicar a proporcional.