Sexta, 17 Mai 2024

Rose não conquista baixo clero e perde eleição à presidência da Câmara

Rose não conquista baixo clero e perde eleição à presidência da Câmara

As fortes acusações contra o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) não impediram que ele vencesse a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, na manhã desta segunda-feira (4). O discurso emocionado da deputada pelo Espírito Santo, Rose de Freitas (PMDB), não convenceu os parlamentares e Alves venceu em primeiro turno.



Henrique Eduardo Alves teve 271 votos, seguido do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), com 165. Rose ficou em terceiro lugar, com 47 votos, e Chico Alencar (Psol-RJ) em quarto, com 11. Apenas três dos 497 deputados votaram em branco.



Antes da votação, os deputados-candidatos foram à tribuna para defender suas candidaturas. A deputada Rose de Freitas foi a primeira escolhida por sorteio a falar. Em um pronunciamento emocionado, a parlamentar afirmou que os deputados deveriam escolher um presidente que não a envergonhasse diante da sociedade brasileira. “Os deputado não podem escolher um presidente que coloque a Casa sub judice amanhã, sem que a sociedade saiba o que vai acontecer com seu Parlamento”,



A deputada defendeu também que a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB) não é oficial, já que o partido não realizou eleições internas para escolher o candidato. Disse que não foi convidada para o debate interno no partido para definir a candidatura do PMDB. “Minha candidatura não é avulsa; sou candidata pelo PMDB”, afirmou Rose.



Como bandeira de campanha, Rose defendeu um Congresso Nacional forte e autônomo. “Este Parlamento não vota mais nenhum projeto de parlamentar. E quando vota, é como se fosse um favor”, disse. Na fala da deputada, já dava para sentir o clima de favoritismo de Henrique Alves. Enquanto Rose fazia seu pronunciamento, o plenário conversava sem dar muita importância ao discurso.



A postura mudou quando Alves subiu à tribuna para fazer seu discurso. Em vários momentos o deputado foi aplaudido pelo plenário, indicando o clima favorável à sua eleição. Henrique Alves, que cumpre o seu 11º mandato de deputado federal, vai comandar a Casa nos próximos dois anos. A eleição dele é fruto de um acordo político com o PT, que administrou a Casa nos dois primeiros anos do governo Dilma, comprometendo-se com o apoio à candidatura do PMDB na segunda metade do mandato. Mais de 15 siglas já haviam declarado apoio à candidatura do peemedebista. Mas Rose considerava a possibilidade de disputar o segundo turno das eleições, trabalhando com uma parcela considerável do plenário que não tem a mesma visibilidade dos líderes.



Fora da Mesa



O Estado perdeu a representatividade na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para o próximo biênio. Rose de Freitas foi eleita em 2011 para a vice-presidência da Câmara dos Deputados, com 450 votos, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo na Mesa Diretora.



O deputado Carlos Manato (PDT) se candidatou à suplência da Mesa Diretora, mas teve a candidatura indeferida. O deputado chegou a apresentar uma Questão de Ordem para garantir a candidatura, argumentando que não poderia se candidatar à 2ª suplência, mas às outras, sim.



A argumentação de Manato não convenceu o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), que explicou ao deputado do Espírito Santo que não há uma determinação para qual suplência o deputado poderia se candidatar. O cargo seria de suplência e a regra da Casa não permite candidatura para o mesmo cargo.



Quem acabou roubando a cena durante a votação foi o deputado federal Camilo Cola (PMDB). Ele teve problemas no registro de presença, o que dificultou sua votação. O parlamentar foi o último a votar na escolha do novo presidente da Casa.

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