Domingo, 19 Mai 2024

Ante aos maus resultados, Casagrande destaca queda no comparativo de homicídios

O governador Renato Casagrande (PSB) fez um balanço da gestão em entrevista à Rádio CBN nesta quinta-feira (20) e respondeu a questões referentes à segurança pública e ao planejamento que está sendo feito para a redução dos índices de homicídios no Estado. 

 
A entrevista começou com uma alusão ao discurso do senador Magno Malta (PR-ES), que afirmou em pronunciamento no Senado nesta quarta-feira (19) que a violência no Estado aumentou nos dois anos de governo Casagrande e que não há um plano de segurança. “Não há nada que dê tranquilidade à sociedade, de esperar o desenrolar de um dia seguinte, para ver a execução de um plano minimamente palpável”, disse o senador.
 
O governador disse que a segurança é um desafio grande e que tomou a decisão de fazer o investimento nas inteligências das polícias Civil e Militar. Ele ressaltou que o Estado está formando entre 1,6 e 2 mil policiais, mas não é possível concentrar efetivo em uma região e descobrir outra. 
 
Neste momento o governador admitiu que o Estado passou muito tempo sem investimentos em segurança pública. Casagrande tentou justificar a falta de investimentos durante o governo Paulo Hartung (PMDB) – entre 2003 e 2010 – dizendo que ele primeiro reorganizou administrativamente o Estado. No entanto, durante o governo Hartung não existiram concursos para recomposição de efetivos nas polícias, nem no aparelhamento delas. 
 
O governador também tentou passar a ideia de que os homicídios estão em queda no Estado por usar como parâmetro de comparação um ano em que os homicídios tiveram um pico – o que dá impressão de que a queda foi acentuada. Casagrande usou o ano de 2009, que fechou com taxa de 57,3 mortes por 100 mil habitantes para comparar com os anos de 2010, que fechou com 53 e 2011, que ficou em 50.
 
No entanto, 2009, durante o governo Paulo Hartung e com o prefeito eleito de Vila Velha Rodney Miranda (DEM) à frente da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi o ano de pico de homicídios. A taxa média de homicídios no governo Hartung (2003 - 2010) é de 53 mortes por 100 mil, ou seja, a redução nos primeiros anos de governo Casagrande ainda é tímida se comparada à média de mortes no governo Hartung. 
 
Casagrande também disse que em 2011 houve redução de 7% no número de homicídios, mas em 2012 a previsão é de redução de 3%, o que não mostra uma constância na redução, que já não vem seguindo uma regra de queda ao longo dos anos.
    

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