Quinta, 02 Mai 2024

Nota de 9,5 do BID para o Estado Presente faz governo reivindicar redução das taxas de homicídios

Nota de 9,5 do BID para o Estado Presente faz governo reivindicar redução das taxas de homicídios
O governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (26), durante a abertura do 1º Diálogo Regional sobre Segurança Cidadã: Os Desafios da Sociedade Contemporânea, no Palácio Anchieta, que o programa Estado Presente recebeu a maior nota de avaliação que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já fez entre os projetos voltados a políticas de segurança pública, nos últimos dez anos. A nota 9,5 foi a mais alta já registrada entre as avaliações do BID.
 
Em função da boa avaliação, o governo anunciou investimentos de US$ 70 milhões no Estado Presente nos próximos cinco anos: 56 milhões de dólares repassados pelo BID e outros 14 milhões de dólares em recursos do governo do Estado.  
 
 
Diante dos resultados do Estado Presente, o governo Renato Casagrande passou a marcar o ano de 2011 como um marco das ações de seu governo no combate à violência, pondo fim a parcimônia dos resultados do governo de Paulo Hartung. O discurso até então adotado, antes do fim da unanimidade, usava o ano de 2009 – que teve um pico atípico de homicídios – como referência para identificar o início de declínio da violência. A partir de agora o governo passou a adotar 2011, ano de implantação do programa e primeiro ano da gestão de Casagrande, como marco para a redução das mortes violentas no Estado. Com essa mudança, o governo passou a ter uma marca própria para justificar a redução nos índices de violência. 
 
Mapa da Violência
 
Nesta terça-feira (27) foi divulgada a prévia do Mapa da Violência 2014 – os Jovens do Brasil, elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. O estudo coloca o Estado, mais uma vez, em segundo lugar nacional no ranking de homicídios, com 47,3 mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes, atrás apenas de Alagoas, que teve taxa de 64,6 mortes por 100 mil.
 
Apesar de o Estado reduzir anualmente as taxas de homicídios, as quedas ainda são irrisórias. Entre 2011 e 2012, a taxa de homicídios teve queda de 0,2%. Além disso, os índices do Estado ainda são duas vezes mais altos que os do País, que teve taxa de 29 mortes por 100 mil em 2012. 
 
O próprio Mapa considera a queda nas taxas de homicídios no Espírito Santo insignificante, assim como a do Rio de Janeiro. Em contrapartida, as quedas de Pernambuco, Paraíba e Alagoas são consideradas moderadas. Ainda assim, Alagoas permanece como o estado mais violento do País.
 
Para o diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Daniel Cerqueira, se o Espírito Santo continuar registrando queda no número de homicídios, deve abandonar as primeiras cinco posições do ranking nos próximos três anos. Em decaração ao jornal A Gazeta desta quarta-feira (28), Cerqueira disse que o Estado está no caminho certo.

Veja mais notícias sobre Segurança.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 02 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/