Domingo, 19 Mai 2024

Sejus exonera diretora de ressocialização denunciada na Operação Pixote

A diretora geral de Ressocialização da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Quésia da Cunha Oliveira Santos, foi exonerada do cargo, de acordo com publicação no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (2). A então servidora foi denunciada pelo Ministério Público do Estado (MPES) na Operação Pixote. Ela teria oferecido um celular à ex-diretora-presidente do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases), Silvana Gallina, que estava presa no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Xuri.

 
Quésia, logo após a denúncia, chegou a ser afastada do cargo durante um período, mas teve medida liminar revogando o afastamento emitida pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Vitória em 22 de fevereiro deste ano. Na decisão que revogou o afastamento, o juiz Manoel Cruz Doval declarou não haver indícios de que o retorno às atividades de Quésia pudesse atrapalhar a instrução do processo da Operação Pixote. 
 
Na época do episódio da entrega do celular, a então diretora de Ressocialização disse que a sua ida ao presídio foi solicitado pelo então secretário Ângelo Roncalli Ramos Barros – que pediu exoneração após também ser denunciado pelo Ministério Público.
 
Dentre os denunciados na Pixote, Quésia não teve os bens bloqueados, já que, segundo decisão do juiz Manoel Cruz Doval ao determinar o bloqueio de bens de 18 envolvidos no esquema fraudulento na contratação e gestão dos contratos do Iases com a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), a conduta da ex-servidora foi a única que não importou diretamente em enriquecimento ilícito. 
 
Ao todo, 21 pessoas e duas empresas (Acadis e Buffet e Restaurante Paladar Ltda ME, que fornecia alimentação para unidades) foram denunciadas pelo Ministério Público. Eles são acusados de participação no esquema de superfaturamento e desvio de dinheiro público em contratos do Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) e a Acadis. As fraudes podem chegar a R$ 30,6 milhões, de acordo com a promotoria.

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