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Após manifestações, Feu Rosa reconhece cicatrizes do TJES e diz que os esforços para corrigir erros

Um texto assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, o desembargador Pedro Valls Feu Rosa, foi divulgado nesta segunda-feira (24), com a opinião do presidente sobre a manifestação realizada nesta quinta-feira (20), em frente ao órgão. Segundo ele, as pessoas vistas por ele, não eram, e nunca foram baderneiros. 
 
De acordo com ele, ao receber a população, o órgão reconheceu sua humildade perante os erros e deficiências com a dignidade de quem claramente tem buscado corrigi-los. 
 
O presidente do TJES, foi o primeiro a se manifestar sobre o tema ás vésperas da manifestação da última quinta (20) e conforme prometido, recebeu os manifestantes nas escadarias do TJES pouco antes dos ataques que atingiram o prédio do órgão, estilhaçando vidros.
 
Pouco antes disso, Feu Rosa deixou o local rodeado de manifestantes que pediram paz. A Comissão de Comunicação do movimento chegou a afirmar que, após o encontro com Feu Rosa, ficou clara a intenção de diálogo do presidente do TJES. 
 Na ocasião, Feu Rosa chegou a afirmar que os atos isolados de vandalismo não representam a intenção dos manifestantes. “A eles, nossa solidariedade”, pediu. 
 
Nesta segunda (24), com mais calma, o presidente do TJES voltou a comentar o episódio e defendeu os manifestantes, reforçando a obrigação das autoridades de não ignorarem as reivindicações do protesto. 
 
 “Eu estava lá, no meio da rua, cercado não por manifestantes – mas pela minha gente, pelo meu povo. Pediam simplesmente a dignidade de serem ouvidos e a ajuda de uma instituição a um ideal que nos é comum. Só isso. Nada mais do que isso”.
 
Para ele, as pessoas presentes durante o manifesto não eram, e nunca foram baderneiros. “Confundi-los com alguns poucos marginais infiltrados traduz, no mínimo, falta de lucidez – ou talvez de honestidade”, disse ele. 

 

 O presidente do TJES defendeu também que o manifesto, apesar do que vem sendo divulgado, não é formado apenas por estudantes, mas por “ letrados, incultos, fraco, poderosos, ricos, miseráveis, adultos e crianças, é o retrato da busca por um espírito público” e defendeu a manifestação  como uma luta por um espírito público e não por uma pauta material. 
 
Para ele, o povo, durante as manifestações, não buscava apenas discutir o preço da passagem. “Seria insensibilidade ou má fé achar que falava de algo tão simples”, afirmou. 
 
E alertou, só a falta de grandeza e de comprometimento podem explicar o Brasil injusto que nossa geração entregará á seguinte. 
O presidente do TJES alertou que, diante deste chamado popular, as autoridades deste país, deve saber precisamente o que há por ser feito e qual a nossa parcela de culpa por estar o povo nas ruas a gemer.

 

Sobre os chamados baderneiros, ele ressaltou que é preciso que as autoridades não se escondam atrás de um grupo tão pequeno, visto que isso seria indigno e desrespeitoso. 

 

Segundo ele, tal grupo – trinta no máximo – apesar dos apelos da população buscou de fato o vandalismo, danificando edificações, mas em respeito aos cem mil que ali estavam a polícia “apenas agiu de forma serena e cirúrgica”, identificando os criminosos e separando-os dos demais”, finalizou Feu Rosa. 

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