Lotação no transporte sobe para 55% do volume registrado antes da pandemia
O aumento visível das lotações no transporte coletivo da Grande Vitória é medido, pelo governo do Estado, com a subida do número de passageiros do Transcol, neste mês de agosto, para o equivalente a 55% do volume registrado em março, antes da pandemia.
O novo contingente de usuários está sendo atendido por 1,2 mil dos 1,4 mil veículos existentes, o que equivale a 85% da frota. "Há momentos de congestionamento em algumas linhas", reconheceu o governador Renato Casagrande (PSB) em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6).
A redução chegou a ser de 70% nos meses de isolamento social mais intenso, entre fins de março e meados de maio, mas o fluxo cresce progressivamente desde então, devendo chegar a percentuais ainda mais elevados a partir do próximo sábado (8), quando novas flexibilizações do comércio de rua e de shoppings passarão a valer, além do retorno ao trabalho presencial de aproximadamente 4,5 mil servidores públicos estaduais.Sobre novas medidas de contenção das aglomerações, não há previsão. Continuam valendo a obrigatoriedade do uso de máscara; a marcação dos lugares nos pontos de espera respeitando a distância de 1,5; a proibição para saída dos terminais com passageiros em pé; a retirada dos cobradores, com pagamento da tarifa apenas com cartão; e o funcionamento do videomonitoramento com sinal sonoro.
"Transporte público não é fácil de controlar completamente. No mundo todo, seja em ônibus, metrô, nos horários de rush, de manhã e à tarde, a demanda é muito grande. E o dimensionamento da frota não pode ser pela hora do rush, senão não se sustenta economicamente", declarou Casagrande. "A máscara ajuda a proteger quem está no transporte", reafirmou.
Os inquéritos sorológicos têm evidenciado o perigo apresentado pelo transporte coletivo, como um dos locais de maior contaminação de pessoas. Na primeira fase do segundo inquérito, ficou demonstrado que "houve pessoas testadas positivas com mais frequência entre os que usam ônibus de três a quatro vezes ou mais por semana" e entre os que se submetem a viagens maiores que trinta minutos, sendo mais fequente ainda entre os que viajam por mais de sessenta minutos.
Na quarta etapa do primeiro inquérito, esse dado já havia se destacado, quando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) concluiu que o uso prolongado do transporte coletivo ficou em segundo lugar entre as vulnerabilidades sociais para a Covid-19 e divulgou os números: 16,4% dos entrevistados que afirmam transitar de ônibus diariamente por um período entre 30 e 60 minutos corresponderam a 17,4% dos positivados. Já os 7,1% dos que viajam por mais de uma hora, positivaram 11,7% dos testes. Somados, os dois públicos totalizaram 23,5% das amostras e 29,1% dos testes positivos.
Suspensão do transporte coletivo pode ser solução na Grande Vitória
Outra medida urgente apontada por especialistas é a testagem periódica dos profissionais
https://www.seculodiario.com.br/saude/suspensao-do-transporte-coletivo-pode-ser-solucao-na-grande-vitoria
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