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Ana Paula 2018?

A entrevista que o governador Paulo Hartung concedeu recentemente ao jornal A Tribuna continua repercutindo nos meios políticos. Para alguns observadores, o que mais tinha ali era blefe, a começar pela troca de partido, que ele deixou no ar. Claro que ao menor balanço do governo Temer, ele pula fora. Mas, por enquanto, não é interessante fazer essa aventura.

Outro ponto que causou muita movimentação no mercado político foi a “tirada” do governador de que teria, além dos tucanos César Colnago e Ricardo Ferraço, outros nomes na manga que poderiam sucedê-lo no governo. A organização da fila pode ser um blefe, afinal, não dá para imaginar que Colnago vai aceitar ficar apenas oito meses de governo e aceitar dar espaço para outro disputar.

Hartung deixou claro quando assumiu o governo que seria governador por quatro anos e que depois abriria espaço para o seu vice. Então, não tem que ter essa conversa de que tem outros quatro. Até porque Colnago não é Ricardo Ferraço. Não vai aceitar uma substituição em cima da hora, como aconteceu em 2010.

Para os meios políticos, Hartung blefa para tentar atrair os aliados para mais perto, tirar de um eventual palanque de Renato Casagrande (PSB) algumas figuras políticas e dar expectativas de acomodação a lideranças que não apoiou na eleição deste ano. Mas, independentemente do blefe, as apostas correm soltas.

Um nome que ganha destaque nessa bolsa de apostas é o da ex-secretária da Fazenda, Ana Paula Vescovi. Ela foi uma das autoras do tal relatório que apontou um suposto rombo nas contas públicas do governo Renato Casagrande, que serviu de discurso para Hartung vencer a eleição em 2014.

Depois disso, foi peça fundamental na construção de um cenário de austeridade, com medidas de cortes profundos, inclusive em serviços essenciais. A estratégia é coroada com a ida dela para a Secretaria do Tesouro Nacional, o que deveria dar projeção ao Estado, ou melhor, ao governo Paulo Hartung.

Mas o perfil muito técnico de Ana Paula Vescovi cria desconfiança sobre a possibilidade de ser ela candidata de Hartung para a sucessão. Precisaria de muita transferência de votos do governador. Não que Colnago seja um sucesso nas urnas, sempre precisou de muita matemática para vencer as eleições, mas tem um perfil político e mais ligado à atual situação política do País.

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