Apesar de todos os esforços da indústria farmacêutica, rir continua sendo o melhor remédio. Ou pelo menos o mais barato. Nem precisa ser uma boa e sonora gargalhada, que até o riso hoje anda escasso. Basta um sorriso, mesmo que seja para o desconhecido que passa por você na rua ou na subida/descida de uma escada. Por que não sorrir para a vizinha ranzinza do segundo andar? Provavelmente ela vai retribuir. Ou para a pessoa que vai de elevador para o mesmo piso?
O riso se propaga até no vácuo – o som de uma boa gargalhada é mais contagioso do que a gripe, o soluço, o mau-humor. Estudos recentes comprovam o que todo mundo já ouviu falar mas não sabe como ou porquê – Rir faz bem para a saúde porque alivia o estresse físico e mental, relaxando os músculos por até 45 minutos pós risada. Ou como disse o rei das risadas, Bob Hope, “Senso de humor é bom pra saúde; já ouviu falar de hiena com azia?”
Rir multiplica as células do sistema imunológico e os anticorpos que nos defendem das infecções, aumentando a resistência às doenças; libera endorfinas, as neurotransmissoras que produzem bem estar e temporariamente eliminam a dor. Portanto, Red Skelton está certo, “Não importa qual seja seu problema, rir faz você esquecê-lo por alguns minutos”. Rir também ajuda na dieta. Acredito em Audrey Hepburn, que disse, “Acredito que rir é a melhor forma de queimar calorias”.
O mais beneficiado com uma boa risada ainda é o sensível coração. Rir melhora a função vascular, aumentando o fluxo sanguíneo e protegendo contra as doenças cardíacas. E tem ainda benefícios sociais. Rir é um pacificador natural e gratuito, reforçando velhos relacionamentos e atraindo novos; melhorando o desempenho coletivo e ajudando na resolução de conflitos. Como disse Alan Alda, Quando as pessoas estão rindo geralmente não estão se matando. Ou como disse Madre Teresa, A paz começa com um sorriso.
Todo mundo conhece alguém que tem sempre uma boa piada para contar. Geralmente, é a ‘alma’ de qualquer festa ou reunião, e consegue tornar a rotina diária mais interessante. Mas não seja exigente, ria também do chato que sempre conta a mesma piada, mesmo que não tenha graça nenhuma. Segredo de palestrante: começar sempre com uma piada. Quebra o gelo, relaxa, atrai as simpatias antes mesmo de começar.
E não me venha com a desculpa de que não há motivos para rir. Como disse Dr. Seuss, “Não chore porque acabou, sorria porque aconteceu”. A coluna tenta colaborar com a boa saúde do leitor disseminando o bom humor e a paz coletiva. Se conseguir lhe arrancar pelo menos um sorriso, então cumpriu sua missão. Mais uma tentativa: “Você não parou de rir porque ficou velho, você ficou velho porque parou de rir” (Maurice Chevalier).