Nesse domingo, dia 7 de setembro, terminou a consulta à população pedindo o apoio ao Plebiscito pela Constituinte exclusiva do sistema político brasileiro. No Espírito Santo, mais de 250 urnas foram espalhadas pelos diferentes municípios, além da votação pela internet. Chamou a atenção da coluna, que no sindicato dos Metalúrgicos, onde havia uma urna, uma pilha de material sobre o plebiscito se acumulava.
Isso mostra o grande problema da campanha no Estado. Quando o Movimento Sindical acordou já era véspera do início da votação. Na urna em frente à Assembleia Legislativa, um voluntário tentava explicar para a população sobre o que se tratava aquela coleta de votos. A população não entendia o que estava acontecendo.
No sábado, durante a plenária com o sociólogo Emir Sader, no Clube 106, em Jardim da Penha, Vitória, o candidato a deputado estadual Perly Cipriano, levou uma urna para o loca e convocou os presentes a participarem da votação.
Na Assembleia, um membro do comitê capixaba do Plebiscito ocupou a tribuna popular, na segunda-feira (1) para falar sobre o assunto. No legislativo, até então, nenhum deputado havia se pronunciado sobre o tema. Mas no caso dos deputados, têm razão, estão defendendo os interesses deles. Mudar o sistema político brasileiro vai mexer com muitas mordomias.
A falta de divulgação, de discussões mais amplas com a população capixaba, evidentemente prejudicou a votação e mostra a necessidade de haver mudanças profundas no movimento sindical do Estado. Se não houve divulgação é porque não houve mobilização. Mais uma demonstração de como esse movimento está pautado meramente na discussão salarial e pouco comprometido com as mudanças sociais.
Acorda e levanta, movimento!