Domingo, 28 Abril 2024

Futuro temerário

 

O tempo anda a corroer a unanimidade que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço (DEM), construiu com os demais deputados estaduais, em busca de capital político para influir nas eleições de 2014. Os efeitos contrários já são sentidos de várias maneiras. A iniciativa da CPI do “posto fantasma” é uma delas. Pois até então, era inimaginável algo dessa natureza acontecer na Assembleia sem a sua concordância. Diante da proximidade das eleições, os deputados já se voltam para dentro deles politicamente. E Ferraço, sem os demais parlamentares, vai ter que se contentar com a sua individualidade de deputado agarrado ainda por cima a um lote de ações judiciais. Não tendo outras forças gravitando em torno dele, dificilmente sobrevirá politicamente, muito embora seja ele o tipo capaz de enxergar dentro dos outros. 
 
Voltou atrás
Por falar nisso, o novo deputado estadual Jamir Malini (PTN) já mostrou para quê foi para a Assembleia, negando a própria assinatura colocada na convocação da CPI.
 
Sem escuta
Se o governador Renato Casagrande tivesse o ouvido aberto para escutar as conversas do PMDB hartunguete, constataria o assanhamento do grupo diante da possibilidade de o ex-governador Paulo Hartung voltar a disputar o governo.  
 
Fórmula
Já existe entre o grupo também quem coloque o carro na frente dos bois, vendo uma candidatura em aliança com o PT. Com preferência até para o vice: o economista Guilherme Lacerda, atual diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).  
 
Delírios à parte 
Mas tem um porém, Lacerda é de corrente minoritária dentro do PT capixaba.   
 
Hipótese um
Embora ultimamente tenha dado passos errados na política, o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) está atento para as articulações paras eleições de 2014. Precaveu-se filiando mais de três mil para poder ditar os rumos do partido. A fórmula preferida é uma candidatura ao Senado. 
 
Hipótese dois
Mas se não ocorrer como esperado, ele é capaz de se lançar candidato ao governo, a semelhança do que fez o governador Renato Casagrande. Sem espaço nas eleições passada, o atual governador lançou-se candidato ao governo quando já havia um candidato imbatível (Ricardo Ferraço, PMDB).  
 
Prejuízo
O assanhamento do atual presidente da Câmara de Vitória, Fabrício Gandini (PPS), em ganhar notoriedade estadual, está sendo construída em moldes atrasados e que resultam sempre em prejuízo  à classe política. 
 
Lamento 
Não douremos a pílula: a realidade é que não deixaram Jairo Maia morrer como queria, à frente do seu programa de rádio. Um jornalismo que passou a imperar subordinado aos interesses comerciais realmente não cabia mais para quem fez da comunicação um ato de generosidade e de emoção.   
 
PENSAMENTO:
 “Os meios de viver não podem prevalecer sobre a razão de viver”. Beuve-Méry

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